Em São Paulo, Brian Greene defende revisão da física moderna

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Brian Greene durante conferência em São Paulo. Foto: Greg Salibian

Brian Greene é do tipo de pessoa que consegue dominar qualquer plateia. Ele caminha de um lado para o outro do palco, gesticula, aponta para o alto e até se atreve a fazer algumas piadas. O assunto abordado, mesmo longe de ser uma apresentação de veia cômica, cativa constantes risadas e a interação do público. É claro, não estamos num desses stand-ups de comédia, tampouco na gravação de alguma série televisa como o próprio Greene já estrelou. Brian Greene, o físico-teórico defensor da Teoria das Supercordas, finalista do prêmio Pulitzer e definido pelo New York Times como “uma nova instituição cultural” se dedica a estudar questões profundas como o surgimento do universo.

Em conferência dada na quarta-feira, 17, no Teatro do Complexo Ohtake Cultural, em São Paulo, Greene discorreu sobre o que ele chama de “o objetivo máximo” da física: uma teoria unificada, que consiga explicar em equações matemáticas tudo que existe no universo, uma busca que Albert Einstein dedicou por dez anos até sua morte, em 1955.  “Uma pergunta que eu quero que vocês tenham em mente é uma questão que continua confundindo as pessoas, e não só Isaac Newton, Einstein se perguntavam. A questão é como o universo começou?”, indaga o físico a uma plateia atenta.

Greene elucida a teoria do Big Bang como aquela que a maioria das pessoas retoma para explicar o início de tudo. “O universo teria começado como algo muito pequeno, muito denso, e iniciou uma expansão. Conforme se expandiu, foi esfriando. Aquele plasma quente primordial se juntou e formou estruturas, como estrelas, galáxias, tudo o que conseguimos ver lá em cima”, descreve. Cabe à física, usar a observação e a matemática para “rebobinar” esta espécie de filme cósmico para tentar entender como tudo começou.

Nascido em 1963, em Nova York, Brian Greene é considerado um dos maiores especialistas quando se fala em Cosmologia e Física de Partículas. Autor de uma trajetória dedicada a assuntos complexos e equações que fogem ao cotidiano da maioria das pessoas, um dos méritos de Greene é simplificar as coisas. Analogias com cardápios de restaurantes do bairro Chinatown, em Nova York, por exemplo, são usadas para explicar o princípio da incerteza de Werner Heisenberg.

Sua habilidade em simplificar a ciência deu a ele reconhecimento mundial por meio do best-seller “O universo elegante”, lançado nos Estados Unidos em 1999 e traduzido para 26 idiomas, incluindo o português. A obra, finalista do Prêmio Pulitzer, tornou-se clássico da cosmologia moderna. Além da publicação, Greene soma outras três: “O tecido do cosmo”, a novela de ficção científica “Icarus at the Edge of Time” e o mais recente “A realidade oculta”, lançado no Brasil em 2012. No currículo também a fundação e co-direção do Institute for String, Cosmology and Astroparticle Physics (Instituto de Cordas, Cosmologia e Astropartículas) e a criação do “World Science Festival”,  que desde sua primeira edição, em 2008, já atraiu um público superior a meio milhão de pessoas.

A conferência de Brian Greene integra o ciclo de programação “Fronteiras do Pensamento”, projeto cultural patrocinado pela Braskem e que anualmente apresenta pensadores, artistas, cientistas e líderes vanguardistas em suas áreas de pesquisa e pensamento.

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