Al Qaeda ameaça países aliados aos EUA contra Estado Islâmico

Casas bombardeadas pelos EUA no norte da Síria. Foto: Foto: Network News Edlib ENN
Casas bombardeadas pelos EUA no norte da Síria. Foto: Foto: Network News Edlib ENN

A frente Al Nosra, ramo sírio da Al Qaeda, ameaçou neste sábado (27) – com represálias “em todo o mundo” – os países da coligação liderada pelos Estados Unidos que fazem ataques aéreos aos jihadistas na Síria.

“Esses Estados cometeram um ato horrível que vai colocá-los na lista dos alvos das forças jihadistas em todo o mundo”, advertiu o porta-voz da Al Nosra, Abu Firas al Suri, num vídeo divulgado na internet, classificando os ataques aéreos como uma “guerra contra o Islã”.

Em agosto, os Estados Unidos começaram a bombardear alvos do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque. Esta semana, a operação estendeu-se à Síria, bem como alvos do EI, com aviões de combate não só dos Estados Unidos, mas também do Bahrein, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

O porta-voz da Frente Al Nosra citou esses países árabes, acusando-os de terem se alinhado “ao lado da opressão e dos infiéis” e que “isso terá consequências”.

“Estamos envolvidos numa longa guerra. Essa guerra não acabará em meses, ou em um ano, ou em alguns anos, mas poderá durar décadas”, declarou Al Suri, acrescentando: “Temos capacidade para aguentar”.

Reino Unido

Jatos da Força Aérea Britânica (RAF) voaram sobre o céu do Iraque neste sábado (27), nos primeiros ataques do Reino Unido após a aprovação da aliança com os Estados Unidos e outros países árabes contra o grupo Estado Islâmico (Isis). As duas aeronaves decolaram da base de Akrotiri, no Chipre. O Ministério da Defesa disse que os jatos da RAF (Royal Air Force), carregados com bombas e mísseis guiados por laser, foram equipados com a capacidade de realizar consecutivos ataques.

Os jatos retornaram ao local sete horas depois da decolagem. Em nota, o Ministério da Defesa disse que a primeira missão de combate não atingiu todos os alvos. Autoridades britânicas disseram, no entanto, que os bombardeios tiveram “inteligência inestimável” na busca de degradar a infraestrutura do Isis. O Ministério também revelou que aviões de transporte entregaram novos suprimentos para as autoridades curdas com o objetivo de reforçar seu poderio.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.