Manifestantes pró-democracia e autoridades do governo em Hong Kong deverão estabelecer, a partir da noite desta quarta (8), as logísticas de um diálogo oficial. Contudo, ainda não está claro se o impasse poderá ser resolvido. Os manifestantes ocupam as ruas da ilha desde o dia 28 de setembro, quando o governo chinês anunciou que os candidatos ao cargo de líder do Executivo deveriam ser antes aprovados por um comitê leal a Pequim. Os ativistas consideraram a decisão inaceitável, exigindo uma eleição totalmente democrática para o próximo chefe do Executivo do território.
Na terça-feira (7), as duas partes concordaram em iniciar as conversações. Os estudantes sustentaram que não vão deixar de fazer seus apelos aos manifestantes até que suas demandas sejam atendidas. Nesse meio tempo, Leung Chun-ying, chefe do Executivo de Hong Kong, disse que a polícia adotará uma firme ação contra aqueles que usarem da violência.
“Vamos ter várias rodadas de negociação”, explicou Lester Shum, secretário-geral adjunto da Federação de Estudantes de Hong Kong, uma das organizações que lidera o movimento.
Já Ray Lau, responsável pelos assuntos constitucionais da China Continental, manifestou “esperança” que se possa “exprimir o respeito mútuo” durante essas discussões. Ray Lau deve ter um encontro nesta terça-feira com os estudantes para fixar a data e o local para a abertura das negociações com a número dois do Executivo local, Carrie Lam.
Após semana intensa, os manifestantes aliviaram os bloqueios em pontos importantes da cidade nesta terça-feira. Entre 200 a 300 manifestantes estavam nos três principais locais da cidade onde se juntaram dezenas de milhares de pessoas nos últimos dias.
Na noite desta terça, a cidade estava relativamente normal, com a reabertura das escolas e o retorno ao trabalho de boa parte da população e o fim do bloqueio à sede do governo. Ainda assim, algumas rodovias continuam bloqueadas devido às barreiras que se mantêm nas ruas.
Com agências de notícias
Deixe um comentário