A Bolívia realiza hoje (12) eleições gerais para escolher o próximo presidente para um mandato de cinco anos. As votações ocorrem das 8h (9h no horário de Brasília) às 16h locais. O Tribunal Supremo Eleitoral informou que 37 mil policiais e 20 mil militares farão a segurança nas eleições e que o país tem 6.245.959 pessoas habilitadas a votar. Duzentos observadores internacionais supervisionarão o pleito.
O atual presidente, Evo Morales, tenta chegar a seu terceiro mandato consecutivo e, de acordo com as pesquisas divulgadas, tem quase 60% das intenções de voto. Eleito pela primeira vez em 2005, Morales é o primeiro presidente indígena boliviano, povo que representa cerca de 60% da população. Além dele, concorrem à Presidência Samuel Doria Medina, empresário do ramo de cimento, Jorge Quiroga, que foi vice-presidente do país por quatro anos e, em seguida, assumiu como presidente pelo período de um ano, o prefeito de La Paz, Juan del Granado, e o líder indígena Fernando Vargas.
Entre os eleitores aptos a votar, 272.058, ou 4,3% do total, moram em outros países (33). O voto de cidadãos bolivianos no exterior estreou nas últimas eleições, em 2009, somente para residentes na Argentina, Espanha, nos Estados Unidos e no Brasil. Desta vez, as votações foram ampliadas para mais 29 países. O voto dessas pessoas é facultativo e eles apenas podem escolher candidatos a presidente e vice.
Pelo calendário eleitoral, a campanha na Bolívia começou em julho, mas a propaganda dos partidos na imprensa só começou em setembro. O segundo colocado nas pesquisas é o empresário Doria Medina, que tem entre 13% e 18% das intenções de voto. Segundo a Constituição boliviana, para um candidato ser eleito em primeiro turno precisa ter mais de 50% dos votos ou ter mais de 40% e uma distância de pelo menos 10% sobre o segundo colocado, o que, de acordo com as pesquisas, aponta uma vitória do atual presidente sem necessidade de segundo turno. Em 2005, Morales foi eleito com 54% dos votos e, em 2009, com 64%.
Com mais de 10 milhões de habitantes, a Bolívia – assim como o Paraguai – é um dos países da América do Sul sem saída para o oceano, o que dificulta o escoamento da produção. Tem fronteira com o Brasil, a Argentina, o Paraguai, o Peru e o Chile. A economia boliviana está baseada nas indústrias de petróleo e gás, na mineração e na agropecuária. A capital do país é Sucre, mas a sede do governo é La Paz. O país tem nove departamentos (estados) e fala mais de 30 línguas, sendo os principais o espanhol, falado por quase 90% da população, o quéchua, por 34%, e o aymara, por 23,5% das pessoas.
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