Os presidenciáveis, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), trocaram críticas em debate na noite deste domingo (20), na TV Record, mas este foi o encontro mais propositivo e com tom menos agressivo deste segundo turno. Na semana que passou, o debate do SBT ficou marcado por ataques pessoais, e nenhum aprofundamento nos temas importantes discutidos.
Já no início do encontro, Aécio criticou o fato de os governos do PT terem rejeitado por muito tempo a realização de parcerias público-privadas. Dilma rebateu enumerando uma série de grandes obras que foram ou estão sendo feitas e criticou o histórico do ex-governador de Minas: “Para quem tem como maior obra um centro administrativo em Minas Gerais, o senhor é bastante ousado”.
No segundo bloco, Dilma questionou Aécio sobre o projeto aprovado na Câmara em 2001, quando ele presidia a Casa, que permitia aos empregadores fazerem contratações sem respeitar os direitos trabalhistas e lembrou que o número de desempregados no governo Fernando Henrique Cardoso passava de 11 milhões e que o projeto aprovado na Câmara presidida por Aécio foi tirado da pauta quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo.
Na sequência, Aécio questionou Dilma sobre a situação da indústria, que apresenta números ruins, e do Produto Interno Bruto (PIB). O tucano comparou os números da economia brasileira com as de Peru e Chile. Dilma rebateu citando novamente o histórico do governo FHC e também a presença de Aécio como uma das lideranças tucanas naquele período. A tensão subiu quando o assunto foi a Petrobras. No primeiro bloco, Aécio e Dilma repetiram o diálogo que ocorreu nos últimos debates.
Nas considerações finais, os candidatos voltaram às linhas-gerais de suas candidaturas. Dilma afirmou que, sob o PT, houve aumento do emprego e redução da pobreza, e prometeu “governar para todos os brasileiros”. Aécio, por sua vez, disse que a adversária se contentava em comparar o presente com o passado, enquanto ele representava a capacidade de mudar o País.
O formato foi o mesmo dos debates da Band e do SBT – de perguntas e respostas diretas um ao outro, sem tema delimitado -, o que acaba impedindo o aprofundamento do debate em cima das propostas de cada um.
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