Neste domingo (2), foi lembrado pela primeira vez o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, criado no ano passado pela ONU (Organizações das Nações Unidas).
A origem da data foi motivada diante da constatação feita pelas Nações Unidas: mais de 700 jornalistas foram mortos em serviço nos últimos dez anos, sendo que 9 entre 10 casos de violência contra a imprensa permanecem impunes.
O dia 2 de novembro foi escolhido pois marca o assassinato de dois jornalistas, Gislaine Dupont e Claude Verlon, no Mali, no ano passado.
“Muitos outros jornalistas e profissionais de mídia em todo o mundo sofrem intimidação, ameaças de morte e violência. Nove em cada dez casos permanecem impunes. Como resultado, os criminosos se sentem mais fortes. As pessoas ficam com medo de falar de corrupção, repressão política ou outras violações de direitos humanos. Isso tem que parar”, disse Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, em declaração feita hoje.
Também em declaração publicada hoje, Irina Bokova, diretora-geral da Unesco pediu empenho dos governantes. “Faço um apelo a todos os governos para garantir uma investigação rápida e completa cada vez que um jornalista for morto. Liberdade de expressão é um direito humano básico que é essencial para a dignidade humana”.
Entre amanhã e terça-feira (4), painéis com seminários, conferências e debates envolvendo o tema serão realizado em diversos países. Ainda este mês, será divulgado o quarto 4º Relatório sobre a Segurança de Jornalistas e o Risco da Impunidade do Conselho Intergovernamental do Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação da Unesco.
Desde 2012, a ONU tem um Plano de Ação da ONU para a Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade. A íntegra do documento pode ser lida no site Segurança de Jornalistas.
Com Agência Brasil
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