A inflação deve recuar a um nível mais próximo do centro da meta, de 4,5% ao ano, nos primeiros três trimestres de 2016, segundo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, divulgada hoje. Para este ano, a projeção passou de 6,27% para 6,45%, desde o último encontro do comitê, e de 6,29% para 6,30% para 2015.
A resistência de o nível geral de preços cair resultou na decisão, tomada na semana passada, de elevar a taxa básica de juros (Selic) de 11% para 11,25% ao ano. Dois oito componentes do Copom, cinco votaram pelo aumento, incluído o presidente do BC, Alexandre Tombini. “Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária.”
O comitê aumentou a projeção de alta dos preços administrados em 2014 para 5,3%, ante 5% na ata de setembro. Preços administrados são aqueles definidos por contratos ou pelos governos federal, estadual e municipal. O BC diz que, entre outros fatores, esse prognóstico considera variações ocorridas até setembro nos preços da gasolina (+0,1%) e do gás de bujão (+2,8%), bem como hipóteses de queda de 6,4% nas tarifas de telefonia fixa e de aumento de 17,6% nos preços da energia elétrica. O BC manteve ainda a estimativa de alta de 6% nos preços administrados em 2015 e de 4,9% em 2016.
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