Devo confessar: vi todos os personagens da seção Brasileiros Digitais. E só tenho elogios a fazer para a elaboração intelectual e sensibilidade estética da equipe. São minibiografias que registram lutas de brasileiros comuns, donos de histórias fortes, densas, mas perdidas no cotidiano convulso das grandes cidades. Impossível não registrar o resultado de um áudio bem tratado, condutor de imagens inspiradoras em P&B. Gostei muito da dona Renata, da Orquestra Sanfônica de São Paulo. E o artista circense dos semáforos paulistas também é impactante com sua história de vida.
Rondinelli Tomazelli, repórter, Cachoeiro do Itapemirim (ES)

Sou leitora da Revista desde sua primeira edição e afirmo que ela é o trabalho de melhor produção jornalística do Brasil. Pois, falar do país através de seus fatos encantadores ou não, entre os diversos assuntos que nos rondam, é mais que complicado e somente com uma “puta” produção, como a de Brasileiros, é possível fazer essa graça. Por isso, parabéns Brasileiros, cada edição é um sucesso. Sabe, já tinha pensado em escrever antes, mas fiquei receosa em escrever sobre os textos que mais gostei: a história da personagem Maria Cheirosa (Memórias de uma Puta Alegre, de Rosangela Guerra, na edição 14) e da reportagem Além da Calçada (Leonardo Fuhrmann, na edição 10), não me canso de ler.
Amanda Lago, estudante de Comunicação Social, Santarém (PA)

Acho o vice-presidente uma pessoa muito inteligente. Pois ele está bem otimista e que Deus o proteja sempre, pois o Brasil precisa de homens iguais a ele. Tenho bastante fé e o senhor deu uma lição em muitas pessoas. Que Deus proteja e ilumine seu caminho. Um grande abraço e muita saúde.
Maria Inês de Sousa, professora, São José do Rio Preto (SP)

É por gostar muito da revista Brasileiros que estou renovando a assinatura, agora por um período de dois anos; o primeiro passou muito rápido! Desejo-lhes prosperidade e vida longa neste país abençoado por Deus e prejudicado pelo diabo (entenda-se por diabo a corrupção que campeia à solta, os políticos desonestos, os desgovernos, a violência, a morosidade da justiça, as injustiças…). Brasileiros bem-intencionados, avante, bravamente! Abraços e até a próxima edição!
José Antônio Rezzardi, vendedor de seguros, Pato Branco (PR)

Quero muito parabenizar a Rosangela Guerra, autora do texto Memórias de uma Puta Alegre (edição 14). A delicadeza com que as palavras foram usadas só me faz dizer “Parabéns, parabéns e parabéns!”, para a autora e para vocês da Brasileiros, que cada vez mais surpreendem com a qualidade das matérias, coisa rara nas publicações de hoje. Mais uma vez, parabéns.
Monique Abrantes, estagiária, Santo André (SP)

Fiquei totalmente espantado, no ótimo sentido, é claro, quanto a coragem e gigantesco empenho desses que lutam sem trégua em águas, terras e ar pela mãe natureza (sobre a matéria Os Piratas Brasileiros da Sea Shepherd, edição 25). As fotos são fantásticas, fatos reais e, como disse, nos encorajam a fazer o mesmo e até mais nesse sentido. Saudações.
Alexandre Ramos, consultor financeiro, São Bernardo do Campo (SP)

Tenho acompanhado na Brasileiros alguns textos que tratam de forma abrangente e imparcial (como é próprio à Revista) a questão indígena, como o excelente artigo sobre a “briga de foice” entre arrozeiros e indígenas de Roraima, onde vivo há um ano. Na edição 23, li também sobre a questão da segurança alimentar, abordada no inquietante filme Garapa. Proponho agora a junção dos dois temas, pois a insegurança alimentar é realidade para a grande maioria das populações indígenas. As duas questões se encontram no final do texto de Ricardo Kotscho: “… e fico pensando como é difícil ajudar os outros, quando uma família chega a essa situação de miséria, em que a fome não é só de comida, mas a carência de tudo, a absoluta falta de perspectivas. Crianças andando descalças, algumas seminuas, que dormem amontoadas nas três redes da casa ou pelo chão e fazem suas necessidades no mato, caminhando sobre o lixo espalhado pelo quintal, onde dorme um cachorro miúdo e magro de doer”. Pois imaginem que muitos indígenas passam exatamente por essa situação e, em algumas etnias, as crianças menores de cinco anos com baixo peso chegam a mais de 30% da população. E tudo isso somado ao fato de viverem em outro mundo, culturalmente distinto do que vivem os demais brasileiros. E que seu mundo desmorona a seu redor em velocidade assustadora. Seu avô só viu um não indígena no final da infância. Seu pai passou a juventude lutando para deter os invasores de sua terra. Seus filhos, sem caça ou pesca, comem arroz e bolacha; sem identidade, não conseguem ser reconhecidos pela nação que os tutela, sem recursos perambulam pelas cidades vendendo artesanato ou pedindo dinheiro ou comida. Sem dignidade, seus mitos perdem a força de coesão social, seus líderes já não os conduzem e seus pajés não conseguem tratar corpo ou alma. Envolvidos por uma sociedade mais forte, dominadora, esmagadora, a vergonha de ser diferente, de ser quem é, torna-se cada dia mais comum. Em diferentes períodos, este é o drama que viveram ou vivem as diferentes etnias do Brasil. Para eles, que é diferente para nós, a terra não representa riqueza, pois não pertence nunca a um indivíduo. A terra representa sua vida, seus lugares sagrados, sua fonte de alimentação, sua água pura, seu abrigo. Para isso, precisam de espaço onde os animais possam viver, de rios não contaminados e de liberdade para viver do seu jeito, em seu ritmo próprio. Precisam de espaço onde suas vozes se façam ouvir, seus deuses permaneçam fortes e seus corpos alimentados. Afinal, índio sem terra, não deixa de ser índio, mas, com certeza, não é mais índio por inteiro.
Altamiro Vilhena, médico pediatra, trabalhando desde 2005 com povos indígenas, Boa Vista (RR) http://impressoesamazonicas.wordpress.com


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