O Brasil que é e o que não foi

André Toral é o autor – desenhista e roteirista – das páginas de quadrinhos da Brasileiros. Ele é historiador, antropólogo e professor da Faculdade de Comunicações e Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo. André Toral, artista consagrado e respeitado por seus pares, assina Os bastidores da história, uma ideia muito original na qual os eventos são contados de modo nada óbvio e cujos personagens são aqueles normalmente ignorados pela versão oficial. Em sua estreia na edição de julho, por exemplo, a proclamação da independência foi contada pela ótica dos soldados que acompanharam D. Pedro I. Na proposta, André também se permite a flexibilidade e criatividade que desembocam em deliciosa ficção. É o caso do trabalho desse número. O que aconteceria se D. Pedro I morresse logo após proclamar a independência? A hipótese nem é tão absurda, pois já tivemos um presidente eleito, Tancredo Neves, que morreu antes de assumir de fato a presidência. O absurdo é o que poderia acontecer depois, segundo ele nos conta. Mas, na realidade, um absurdo carregado de lógica histórica. Sob o título O País que não foi, a história está na página 112. Vale a pena ler.

E vale a pena ver a cachoeira da Pancada Grande, que fica no Baixo Sul da Bahia, entre Ilhéus e Salvador, em terras da Michelin. Os repórteres da Brasileiros visitaram o lugar onde a empresa francesa – famosa por seus pneus e por seus guias de turismo e gastronômicos – está tocando um projeto de plantação de seringais. Lá naquele belo pedaço do Brasil que é, extraem látex para fazer borracha em parceria com a população.


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