O naufrágio do navio Costa Concordia provocou danos de cerca de 189 milhões de euros (R$ cerca de R$ 612 milhões) aos moradores da Ilha de Giglio, na Itália, segundo estimativas apresentadas nesta segunda-feira (17) pelas autoridades.
De acordo com o consultor técnico Carla Scarpa, que participou nesta segunda de uma audiência do processo sobre o acidente, os moradores da Ilha de Giglio têm um dano biológico e existencial estimado entre 125 milhões e 189 milhões de euros. O valor foi calculado com base em 1.418 moradores, em um período de 920 dias da permanência do navio na ilha.
“Éramos conhecidos por Galileo Galilei e Leonardo da Vinci, mas, agora, todos nos conhecem por Francesco Schettino e suas obscenidades”, disse o governador da Toscana, Enrico Rossi, referindo-se ao comandando do Costa Concordia, que bateu e encalhou a embarcação nas rochas.
Rossi também foi chamado a depor na manhã desta segunda como testemunha no processo do naufrágio. “A Toscana tinha uma paisagem extraordinária e aquele monstro provocou um dano mortal ao turismo, não apenas à Ilha de Giglio, mas a toda região”, comento Rossi. “Os danos ao turismo não podem ser compensados”, disse o governador.
O navio Costa Concordia naufragou em janeiro de 2012, na Ilha de Giglio, na Itália, provocando a morte de 32 pessoas. Após ficar encalhada no mar por mais de dois anos, a embarcação foi rebocada em julho de 2014, em uma das mais complexas operações náuticas da história.
As autoridades italianas avaliam que a desmontagem total do navio terminará em 2016.
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