Graça Foster anuncia órgão de fiscalização da Petrobras e quer ressarcir prejuízos

Graça Foster, presidente da Petrobras - Foto: José Cruz/Agência Brasil
Graça Foster, presidente da Petrobras – Foto: José Cruz/Agência Brasil

A presidenta da Petrobras, Graça Foster, anunciou nesta segunda-feira (17) a criação da Diretoria de Governança, como parte das medidas para melhorar a gestão da companhia. O órgão é uma das 66 medidas listadas pela estatal, que tem dois ex-diretores entre os investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, por diversos crimes financeiros.

“Propusemos ao Conselho de Administração (Consad), da Petrobras, que criássemos uma diretoria de governança”, disse. Foster acrescentou que teve o apoio unânime do conselho. Na avaliação dela, essa é a mais importante das 66 medidas de adotadas.

A presidenta da Petrobras disse que estuda medidas jurídicas para o ressarcimento de “recursos desviados, eventuais sobrepreços e para o ressarcimento dos danos à imagem da companhia”. Investigações da Polícia Federal indicam que recursos a título de propina foram pagos a diretores e políticos por empreiteiras, em troca de contratos com a petrolífera.

“Onde houver prejuízo vamos buscar [ressarcimento desses prejuízos], para que haja reforço no caixa da companhia”, frisou a executiva. “Temos sido bastante cobrados, para buscar receber de volta aquilo que pagamos além do normal, do previsto e do razoável”, disse.

Por causa das denúncias, a estatal não pode divulgar o balanço contábil, previsto para a última sexta-feira (14). Nesta segunda-feira, a empresa revelou os dados de produção.

Auditorias externas foram contratadas para investigar o impacto de eventuais ilícitos citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimento na Justiça. A companhia informou que vai requerer o acesso às declarações.

A Petrobras informou que contratou, por um ano, dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigações: o TRW (Trench, Rossi e Watanabe Advogados), por R$ 6 milhões; e o Gibson, Dunn & Crutcher LLP, por U$ 5 milhões.


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