Levy na Fazenda e Barbosa no Planejamento? Mercado em festa

Joaquim Levy, que deve ser confirmado como novo ministro da Fazenda. Foto: Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
Joaquim Levy, que deve ser confirmado como novo ministro da Fazenda. Foto: Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Joaquim Levy deve ser o novo ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff. É atualmente diretor-superintendente do Bradesco Asset Management. Foi secretário do Tesouro no governo Lula e secretário da Fazenda no Rio, durante o governo Sérgio Cabral. Coube a ele, no Tesouro, lutar pela permissão de investidores estrangeiros aplicarem seus dólares em títulos brasileiros. PH.D em Economia pela Universidade de Chicago, entre muitas titulações.

Bem-humorado, Levy me deu uma entrevista à época desta sua iniciativa. Ao fim da conversa, afirmou: “avisa pra companheirada que dólar é bom para a dívida interna, porque os gringos gostam de investir a longo prazo!” E deu uma gargalhada.

É simpatizante do chamado tripé econômico – câmbio livre, metas de inflação e controle de gastos -, recentemente escreveu um artigo, no qual afirma: “Menos gastos do governo ajuda a fazer os juros caírem, desestimulando o excesso de entrada de capital e modulando o câmbio”. Ou seja, a contabilidade criativa está com seus dias contados.

Nelson Barbosa deve assumir o Ministério do Planejamento. É admirador do economista austríaco Friedrich Hayek, um liberal crítico da intervenção estatal na economia. Apesar da admiração intelectual, Barbosa se afina muito com os keynesianos, que defendem, quando necessário, a promoção de políticas anticíclicas para reativar a atividade econômica.

Ele é Ph.D em Economia pela New School for Social Research (Nova York, EUA) e foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, de 2011 a 2013. Acumula larga experiência no serviço público, tendo estado à frente de diversas secretarias. Também esteve no Banco do Brasil e Vale, como conselheiro, Banco Central, BNDES e Ministério do Planejamento.

Ambos são queridos pelo mercado. Daí a reação em festa dos investidores. Habituados às hostes petistas, tendem a ser conciliadores nos meios político, financeiro e empresarial.


Comentários

Uma resposta para “Levy na Fazenda e Barbosa no Planejamento? Mercado em festa”

  1. A sociedade de mercado sempre provou ser mais eficiente do que o governo. Viva o capitalismo!

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