Itália aposta em “salão social” para melhorar autoestima de mulheres

Foto: Divulgação/Pianoterra
Foto: Divulgação/Pianoterra

Diversos estudos mostram que a beleza cura e que sentir-se bonita ajuda a autoestima, combate a depressão e faz com que a pessoa consiga imaginar e planejar um futuro melhor. Porém, cuidar da aparência para quem está enfrentando dificuldades econômicas e sociais pode parecer algo inatingível.
   

Por isso, surgiu na Itália a ideia de criar um “salão social”, que oferece tratamentos estéticos a um custo simbólico de 3 euros (R$ 9,60, aproximadamente).
   

Segundo a associação Pianoterra de Nápoles, a ideia é permitir que “essas pessoas que sofrem por problemas mais urgentes tenham a possibilidade de melhorar a aparência física, torná-las mais satisfeitas e valorizar as características únicas de todas”.

Segundo a associação, o projeto tem o apoio da Sephora Italia (Grupo LVMH), que colocou à disposição suas especialistas para encontros de maquiagem e já levou alguns membros a sua loja em Nápoles, onde um maquiador ensina truque de mestres para as mamães
   

O salão funciona três vezes ao mês na sede da instituição, que recebe especialistas em beleza para trabalhar. De acordo com a entidade, “cuidar do próprio corpo e sentir-se mais bonita ajuda a modificar a percepção que as pessoas têm de si mesmas”.

A ideia do projeto EsTetica é fazer algo semelhante ao que o salão de beleza Joséphine, de Lucia Iraci, faz em Paris e em Tours.
   

Jovens mães, mulheres sozinhas, desempregadas, imigrantes pobres participam do projeto para reencontrar a autoestima e a confiança em sua própria capacidade e na possibilidade de melhorar de vida.

“Quando você tem tantos problemas, muitas preocupações e tem medo de saber como vai andar adiante, você não pensa em si mesma, você se coloca em último plano, você não é você”, disse uma das participantes do projeto, Maria, mãe de três filhos.
   

De acordo com a Pianoterra, “grande parte das mulheres mostra aspectos depressivos, pouca confiança em sua chance de redenção, um baixo nível de autoestima e, consequentemente, menos cuidado com elas mesmas”.

Ainda segundo a instituição, “essa condição, se vivida diariamente e por um longo tempo, reforça um ciclo vicioso que leva sempre menos respeito e cura da própria pessoa, diminui as considerações por si próprio e sobre as suas capacidades de reagir à adversidade – com queda na qualidade de vida dos próprios filhos”.
   

O EsTetica foi escolhido como um dos projetos mais significativos para o Fórum Transatlântico sobre Inclusão na Primeira Infância (uma iniciativa conjunta da Fundação Zancan e da Compagnia San Paolo). Para o Fórum, a ideia de “engajamento” nas famílias, realizada de forma original pela associação, é considerada uma “jovem promessa” no setor de apoio aos pais, em particular, para imigrantes ou pessoas de baixa renda.


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