Desde que o regime de metas de inflação foi adotado no Brasil, em 1999, acontece anualmente um frenesi a respeito do cumprimento ou não do número mágico. Para este ano, o teto da meta é de 6,5%, dois pontos a mais que os 4,5% do centro.
A imprensa dedicou grande espaço a este tema no fim de semana. E se o Banco Central não conseguir cumprir o acordado?
Não acontece nada. Ou quase nada. E não será a primeira vez que isso ocorre.
Em 2001 e 2002, na gestão Armínio Fraga no BC, o teto foi ultrapassado, porque a inflação ficou em 7,67% e 12,53%, respectivamente. Em 2003, já na administração de Henrique Meirelles, novo estouro: 9,3%.
O mundo não acabou. Há apenas uma obrigação: o presidente do BC precisa escrever uma carta ao Ministério da Fazenda, explicando os motivos do descumprimento da meta. Normalmente, lançam mão do termo “crise internacional” para explicar o mau comportamento dos preços.
Apenas isso.
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