O ex-comandante Francesco Schettino, acusado pelo naufrágio do navio Costa Concordia, afirmou que capitães têm autonomia para mudar a rota de uma embarcação durante seu trajeto.
Ele foi interrogado nesta quinta-feira (11) por advogados de vítimas no processo sobre o acidente movido na Justiça de Grosseto, na região italiana da Toscana. O transatlântico tombou após se chocar contra as rochas da ilha de Giglio, fruto de um desvio feito por Schettino.
“Todos sabem que um comandante tem autonomia para alterar a rota estabelecida, e quando há desvios, nem sempre a companhia de navegação tem conhecimento”, declarou o acusado, acrescentando que jamais foi cobrado por fazer mudanças do tipo.
Conhecido como “capitão covarde” por ter abandonado o Concordia antes dos passageiros, Schettino pode ser condenado a mais de 20 anos de prisão pelo acidente, que deixou 32 pessoas mortas em 13 de janeiro de 2012.
A embarcação tombou e ficou encalhada na ilha de Giglio até meados de 2014, quando foi rebocada para o porto de Gênova, onde está sendo desmontada.
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