Serra Leoa proíbe celebrações de fim de ano

Centro de Tratamento de Ebola, em Serra Leoa Foto: Ari Gaitanis/ UN /Fotos Públicas
Centro de Tratamento de Ebola, em Serra Leoa Foto: Ari Gaitanis/ UN /Fotos Públicas

As celebrações públicas do Natal e do Ano-Novo estão proibidas este ano em Serra Leoa, por causa da epidemia de ebola. A proibição foi anunciada nesta sexta-feira (12) pelo chefe do Centro Nacional de Luta contra a Epidemia, Palo Conteh.

Ele informou que serão destacados soldados para patrulhar as ruas e impedir as festividades no país. “Vamos garantir que toda a gente fica em casa para refletir sobre o ebola”, disse Conteh.

Embora o islamismo seja a religião dominante em Serra Leoa, mais de um quarto da população é cristã e as concentrações públicas e festas são comuns durante o período de fim de ano.

Conteh não informou o período exato da proibição das festas, nem adiantou se haverá exceções. Nos últimos toques de recolher decretados no país, as pessoas eram autorizadas a sair de casa para rezar e para tratar de “assuntos essenciais”.

De acordo com os regulamentos de emergência seguidos atualmente em Serra Leoa, os bares e casas noturnas foram fechados e as reuniões públicas estão proibidas, embora não exista qualquer limitação quanto ao trabalho ou a passeios nas ruas.

Serra Leoa, que ultrapassou a Libéria em número de casos do vírus do ebola, registrou 1.319 infeções nas últimas três semanas. Desde o início da epidemia, há cerca de um ano, foram registrados no país  7.798 casos de pessoas infectadas.

Mais de 6.330 pessoas morreram e 17.800 foram contaminadas pelo vírus nos três países mais afetados na África Ocidental (Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri), segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde, divulgado segunda-feira (8).


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