Governo de São Paulo libera R$ 3 milhões para ajudar Santa Casa

Foto: Edson Lopes Jr./ GESP
Foto: Edson Lopes Jr./ Gesp

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, anunciou nesta quarta-feira (24) a liberação, de forma emergencial e a fundo perdido, de R$ 3 milhões para que a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo adquira insumos, como medicamentos, materiais, luvas e soro, entre outros. A entidade passa por grave crise financeira, com dívida que passa de R$ 770 milhões.

O valor não será usado no pagamento de salários e décimo terceiro dos funcionários, que estão atrasados. Segundo o governador, a Caixa Econômica Federal deverá liberar R$ 44 milhões no início de janeiro para que esses pagamentos sejam feitos.

Alckmim disse que a venda de patrimônios é uma decisão interna da entidade, que é privada, mas acredita que os imóveis serão colocados à disposição. “É óbvio que de algum patrimônio vai ter que dispor”, declarou.

A Santa Casa já havia aprovado ontem (23) que a instituição ofereça como garantia para empréstimo da Caixa Econômica Federal um imóvel próprio, localizado na Avenida Paulista e avaliado em cerca de R$ 70 milhões.

Segundo o secretário de Saúde, David, Uip, a Santa Casa tem dois prédios privados, o Santa Isabel 1 e Santa Isabel 2. Ele propõe a passagem de operação desses hospitais. “Nós entendemos que há duplicidade dos investimentos e do custo, tem dois centros cirúrgicos, duas UTIs. E o uso do Santa isabel 2 está diminuindo, então a Santa Casa passa o segundo prédio para a saúde suplementar, com o objetivo de otimizar o Santa Isabel 1 e tirar o custo do segundo prédio, que custa de aluguel quase R$ 500 mil por mês”, disse.

Na próxima semana, o promotor de Saúde Pública do Ministério Público Estadual, Arthur Pinto, propôs uma reunião com autoridades do estado, do município, do Ministério da Saúde e gestão da Santa Casa e do provedor do hospital.

De acordo com o superintendente da Santa Casa, Irineu Massaia, a entidade segue atendendo pacientes de emergência, mas fará um contingenciamento dos casos eletivos, como consultas e exames não emergenciais. Segundo ele, embora a dívida não se resolva em dois anos, a ideia é que a gestão esteja equilibrada nesse prazo.


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