Foi localizada na noite deste domingo (04) a segunda caixa-preta da balsa italiana Norman Atlantic, informaram as autoridades. O equipamento estava em uma área tomada pelo incêndio e pode ter sido gravemente danificado.
A primeira unidade havia sido encontrada na última sexta-feira (02) e os dados estão sendo analisados pela perícia. As duas caixas-pretas contêm as mesmas informações e, caso a segunda esteja indisponível, os técnicos dependerão apenas das informações da primeira.
Além delas, a Procuradoria de Bari – que lidera a investigação – tentará acessar o sistema de vigilância com câmeras a bordo.
Porém, para fazer essa vistoria será necessário encontrar um novo local para os restos do navio dentro do porto de Brindisi.
Mas, a ideia dos procuradores é cessar o fogo para levar o barco até o porto de Bari.
Os incêndios dentro da embarcação continuam a atrapalhar as buscas por corpos e por documentos que possam informar, com precisão, a quantidade de pessoas que estavam a bordo no momento do acidente. Há três dias eles tentam entrar em determinadas partes do navio e, especialmente, acessar o porão da balsa – onde se acredita que estejam os restos mortais das vítimas.
Segundo os especialistas, o fogo já destruiu grande parte da embarcação e deve continuar por semanas. O comandante da corporação de Brindisi, Michele Angiuli, afirmou que será necessário que ao menos “uma equipe” consiga entrar no barco para determinar como estão as condições de segurança.
O comandante da Norman Atlantic, Argilio Giacomazzi, voltou a falar com os jornalistas e disse que tem a “consciência tranquila”.
“Estou profundamente comovido pelas pessoas que eu não pude salvar, mas também estou consciente que fiz tudo aquilo que poderia, humanamente, fazer. Estou pronto para responder a qualquer questionamento, como já fiz rapidamente”, disse Giacomazzi.
O incêndio na balsa ocorreu no dia 28, na altura da costa albanesa. Até o momento, 11 pessoas faleceram na tragédia, mas o número de desaparecidos ainda é impreciso. No domingo, um dos procuradores de Bari, Ettore Cardinali, afirmou que, ao menos, “10 estão desaparecidos”.
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