Homens encapuzados atacaram nesta quarta-feira (7) a redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo, em Paris, gritaram “vingamos o profeta”, segundo testemunhas citadas por uma fonte policial. Segundo o mais recente balanço oficial, o ataque matou 12 pessoas.
O presidente francês, François Hollande, classificou o ataque contra o jornal de “atentado terrorista” de “extrema barbárie”. O presidente, que falava no local do ataque, lamentou as mortes e apelou à “unidade nacional” ante ao “ato terrorista de extrema barbárie”. Ele afirmou que a França “sabia que estava sob ameaça, como outros países do mundo, porque a França é um país de liberdade”, acrescentando que “ninguém pode pensar que pode agir na França contra os valores da República”.
Já a presidente Dilma Rousseff, disse em nota oficial: “Foi com profundo pesar e indignação que tomei conhecimento do sangrento e intolerável atentado terrorista. Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas: a liberdade de imprensa. Nesse momento de dor e sofrimento, desejo estender aos familiares das vítimas minhas condolências. Quero expressar, igualmente, ao presidente [François] Hollande e ao povo francês a solidariedade de meu governo e da nação brasileira”.
O papa Francisco exprimiu a sua “mais firme condenação” ao “horrível atentado” contra o semanário satírico francês “Charlie Hebdo”. Segundo o pontífice, o ataque “semeou a morte, levando consternação a toda a sociedade francesa e afetando profundamente todas as pessoas amantes da paz, muito além das fronteiras da França”
O presidente da AFP, Emmanuel Hoog, e a Diretora de Informação, Michele Leridon, expressaram seu “horror” e “indignação” diante deste “ataque de violência sem precedentes contra a imprensa na França”. Eles manifestaram “grande solidariedade e apoio aos colegas do Charlie Hebdo tão cruelmente atingidos”.
O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, enviou mensagem pelo Twitter, dizendo-se “horrorizado pelos ataques bárbaros na França”, e que seus pensamentos e preces estão voltados para as vítimas do ataque e seus parentes.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, transmitiu uma mensagem em solidariedade às famílias das vítimas do ataque por seu porta-voz: “Moscou condena firmemente o terrorismo em todas as suas formas. Nada pode justificar ataques terroristas. O Presidente Putin, tendo em conta o trágico acontecimento em Paris, expressa as suas condolências aos familiares e entes queridos dos mortos e também ao povo de Paris e a todos os franceses”.
A chanceler alemã, Angela Merkel, enviou carta de condolências ao presidente francês François Hollande na qual classificou a ação de “atentado abominável”: “Fiquei chocada quando soube do atentado abominável ao jornal em Paris”, escreveu a chefe do Governo alemão. Para a chanceler, “este ato horrível não é apenas uma agressão contra a vida das cidadãs e cidadãos franceses”, constitui “também um ataque que nada pode justificar contra a liberdade de imprensa e de opinião, um fundamento da nossa cultura livre e democrática”, afirmou.
David Cameron, primeiro-ministro britânico, declarou em sua conta no Twitter: “Os assassinatos cometidos em Paris são revoltantes. Estaremos ao lado do povo francês no combate contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de imprensa”.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, escreveu: “a minha firme condenação do atentado terrorista em Paris e as minhas condolências e solidariedade ao povo francês pelas vítimas. Espanha com França”.
O governo espanhol também emitiu comunicado em que fala: “Recebemos com horror a notícia do ato terrorista vil e covarde perpetrado hoje contra a sede do semanário francês Charlie Hebdo em Paris. O governo, em nome do povo espanhol, exprime a sua condenação mais firme. A Espanha defende nos termos mais fortes do que nunca a liberdade de imprensa como um direito fundamental e irrevogável”.
Também, o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), instância representativa dos muçulmanos na França falou: “Esse ato bárbaro, de extrema gravidade, é também um ataque à democracia e à liberdade de imprensa”.
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