Galeria Emma Thomas recebe exposição com obras da videoarte internacional

'The Wake' - Dana Levy - Foto: Divulgação
‘The Wake’ – Dana Levy – Foto: Divulgação

De 16 de janeiro a 12 de fevereiro, a galeria Emma Thomas sedia uma exposição totalmente voltada à videoarte. O que você vê, não é o que você percebe conta com uma seleção de dez vídeos de artistas contemporâneos, que fazem parte da coleção de videoarte do colecionador Alfredo Hertzog.

A mostra pode ser visitada de terça a sexta, das 11h às 19h, e sábados das 11h às 17h. A entrada é gratuita.

Em exposição, dez trabalhos de diversos países, como Cuba, México, Peru, Argentina, Estados Unidos, Áustria, Bélgica e Itália.

Abaixo, a lista detalhada dos vídeos expostos:

The Wake (Dana Levy, 2011 | 00:05:03 | EUA)

The Wake ou O Acordar foi filmado no departamento de zoologia da Carnegie Natural History Museum em Pittsburgh. Seguindo a tradição das gavetas e gabinetes de curiosidade do século passado, vemos varias borboletas classificadas e expostas. De repente, 100 borboletas vivas aparecem no espaço levando a vida às borboletas arquivadas. Um espetáculo de cores e vida ao lado do seu oposto (a morte).

Concierto (Analia Amaya, 2006 | 00:03:02 | Cuba)
Concierto é um vídeo que mostra diferentes vistas da cidade de Havana durante a noite, com uma visão lírica em movimentos sincronizados. A música ajuda a criar uma visão fantástica da cidade através do tempo.

Compilação de vídeos (Mauricio Alejo, 2003 | Variável | México)
Objetos usuais familiares do nosso dia-a-dia que nos trazem conforto são apresentados de forma diferente sob uma narrativa que não segue as funcionalidades originais dos objetos. Espaço, tempo e materialidade mudam de acordo com as forças físicas podendo criar múltiplas observações, levando a percepção da idiossincrasia do mundo.

Bomaezo (Adriana Bustos, 2010 | 4” | Argentina)
Neste vídeo, a artista faz uma pesquisa sobre as drogas na America Latina e do uso de mulas no tráfico. Os movimentos da água em um copo com uma substância branca, acompanhados de trilha sonora, enganam em sua ternura.

I hate Karl Marx (Rainer Ganahl, 2010 | 5” | Áustria)
Nesse vídeo, uma jovem alemã briga com a estátua de Karl Marx no ano de 2045 quando todo o mundo foi dominado pela China. Neste cenário, questões relativas à xenofobia e imperialismo aparecem de forma contundentes.

Excess of Yang (Sophie Whettnall, 2010 | Variável | Bélgica)
De acordo com filosofia oriental, o equilíbrio que regula tudo no universo é baseado na relação entre o Yin e Yang.  Yin sendo o feminino e Yang o masculino, este último ligado ao movimento, ação, luz e calor. A artista mergulha no que seria esse movimento Yang correndo em um carro de F1, demonstrando sua divisão entre seu lado sedutor e feminino, em contraste com o lado do poder e velocidade.

The Making of Forty Rectangular Pieces for a Floor Construction (Adrian Melis, 2008 | 00:05:20  | Cuba)
Neste vídeo, Adrian estuda a motivação de funcionários de uma fábrica cubana que não têm materiais para produzir mas não podem ser demitidos. O que lhes resta é chegar à fábrica e criar uma sinfonia de sons reproduzindo o processo produtivo onde as realidades não coincidem.

Hollow Street (Patrick Tschudi, 2009 | 2” | Peru)
Desde os anos 60 uma realidade socioeconômica foi disseminada no mundo ocidental: o futuro será melhor e um modo de vida ocidental prevalecerá. Esta animação demonstra essa realidade que se parece linda no vídeo mas inatingível até mesmo em um desenho.

If you are going through hell keep going (Rui Calçada Bastos, 2012 | 00:03:55 | Alemanha)
Uma das atividades mais comuns da vida ocidental é entrar em um veículo e se locomover.  Ao guiar um carro, podemos ficar surpresos com as motivações e razões que nos fazem seguir adiante como também descobrir o que poderia estar passando na cabeça de todos aqueles que estão ao nosso redor e conosco mesmo.

What goes around comes around (Daniele Puppi, 2011 | Variável | Itália)
Nesse filme, um filme clássico de luta marcial com Bruce Lee, o artista refaz sua edição e cria efeitos especiais de forma a aumentar o impacto das cenas. Todas as cenas tentam provocar um impacto através de associações fixas e repetitivas criando uma nova visão do filme.

Serviço – O que você vê, não é o que você percebe, coleção de videoarte de Alfredo Hertzog
Galeria Emma Thomas — Rua Estados Unidos, 2205, Jardins – São Paulo/ SP
(11) 3063.2193
De 16 de janeiro a 12 de fevereiro de 2015


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