Diário da política: secretário de Alckmin diz “ser Maomé”

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Foto: Divulgação

Se as opiniões externadas no texto abaixo tivessem partido de um cidadão qualquer mereceriam apenas minha veemente discordância. Mas, como partiram de uma alta autoridade do governo paulista – do novo secretário da Justiça do estado de São Paulo –  merecem a minha mais profunda indignação e protesto. Ou o governador Alckmin critica o novo secretário, o desembargador Aloisio de Toledo César ou todos entenderemos que ele concorda com tal assertiva. Nesse caso, Alckmin estará jogando por terra os valores defendidos pelos fundadores do seu partido, dentre os quais seu padrinho político, Mário Covas.

Leiam e se estarreçam:  “Não posso deixar de externar a minha mais profunda indignação ao mau uso da liberdade de expressão dos cartunistas franceses, que já provocaram mortes e insistem em dar chicotadas nos muçulmanos, desafiando-os e quem sabe até dando risadas disso. Afetados pela vaidade de demonstrar talento, com essa conduta, negam o precioso direito de cada homem de poder exercer livre escolha de sua religião e de seu Deus. Humilhar provocativamente os muçulmanos equivale a instigá-los e a desafiá-los, enfim, essa torpe atitude soa quase como uma declaração de guerra”.

Será isso exercício do livre direito de expressão ou uma leviandade que envergonha a espécie homo sapiens? Neste momento, como católico, como cristão, externo a minha mais integral solidariedade as milhões de muçulmanos que praticam resignados a sua religião e até mesmo condenam a violência daqueles que optam pela violência. Posso dizer, inconformado com o mau uso da liberdade de expressão pelos franceses referidos, que EU TAMBÉM SOU MAOMÉ.”


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