O procurador-geral do México, Jesús Murillo, disse hoje, dia 27, que, para o governo, a morte dos 43 estudantes desaparecidos em setembro é uma certeza.
De acordo com ele, essa conclusão não é baseada somente em testemunhos, mas em “análises científicas e provas da perícia”, entre outras evidências concretas.
Ainda segundo o responsável pelas investigações do caso, declarações dos mais de 90 detidos confirmam a hipótese de que eles teriam sido mortos pelo cartel local “Guerreros Unidos”.
Histórico
Os estudantes foram a Iguala, terceira maior cidade do estado de Guerrero, para protestar por melhores condições de educação e arrecadar fundos.
A mulher do então prefeito José Luis Abarca, Angeles Pineda, que desejava substituí-lo no cargo, estava promovendo um evento beneficente. Ameaçados, o casal pediu que o cartel desse fim ao grupo.
Estudantes foram mortos e seus corpos queimados e jogados no rio San Juan.
Os pais da vítimas, no entanto, rechaçam a versão e asseguram ter indícios de que seus filhos continuam vivos, nas mãos do narcotráfico ou em algum quartel militar.
O caso comoveu os mexicanos, que acreditavam que as autoridades não se empenharam o suficiente para resolver a situação, e desencadeou a pior crise política da gestão do presidente Enrique Peña Nieto, que está há cerca de dois anos no poder.
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