Polícia Federal inicia nova fase da Operação Lava Jato

Foto: Divulgação/PF
Foto: Divulgação/PF

A Policia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) uma nova fase da Operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos na Petrobras. Cerca de 200 agentes federais e servidores da Receita Federal cumprem 62 mandados judiciais em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Bahia e em Santa Catarina. É a quarta etapa da operação que começou em março do ano passado e já prendeu 30 pessoas, além de expor o que pode ser o maior esquema de corrupção da história do País.

Ao todo, são 18 mandados de condução coercitiva, um de prisão preventiva, três de prisão temporária e 40 de busca e apreensão. Segundo a PF, a nova fase foi originada a partir da colaboração de um dos investigados, documentos e contratos apreendidos em fases anteriores, além de informações prestadas por uma ex-funcionária de empresa que foi alvo da operação.

Entre as coercitivas está o nome do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que mora em São Paulo. Ele foi levado ao prédio da PF na cidade para depor sobre doações solicitadas por ele a diretores da petrolífera. 

A GDK, empresa de engenharia que tem a Petrobras como única cliente, também é alvo da operação. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, ela foi acusada, em 2005, de dar um veículo de lixo avaliado em R$ 73 mil reais para o então secretário-geral do PT, Silvio Pereira. “Esta fase é fruto da análise de documentos e contratos apreendidos anteriormente pela PF. Também contribuíram para esta nova etapa da operação as informações oriundas da colaboração de um dos investigados, além da denúncia apresentada por uma ex-funcionária de uma das empresas investigadas”, informou a Polícia Federal.

CPI da Petrobras

O presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB) deu aval para o início de uma nova CPI da Petrobras na casa. Falta agora a indicação dos membros da comissão pelos partidos políticos e o agendamento das sessões sobre o assunto. Os trabalhos na Câmara devem começar logo após o carnaval, no fim de fevereiro.

Ao todo, 182 deputados assinaram o documento de criação da CPI, sendo 52 deles da base aliada do governo. Eram necessárias 171 assinaturas para que a comissão passasse ao presidente Eduardo Cunha. Como a distribuição dos cargos é feita de forma proporcional ao número de bancadas, o PT e o PMDB, maioria na casa, devem ficar com os principais postos.

A CPI tem prazo inicial de 120 dias, podendo ser prorrogável por mais 60 e tem autonomias judiciais, como determinar diligências, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar de órgãos e entidades da administração pública informações e documentos, tomar depoimentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como requisitar os serviços policiais.

Em 2014, foram criadas duas CPIs no Congresso sobre o assunto: uma CPI mista e uma CPI no Senado. A comissão só de senadores era considerada “chapa branca” pela oposição.


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