A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender nesta quinta-feira (12) os ajustes econômicos propostos pelo seu governo a partir do seu segundo mandato, assim como fez no seu discurso em cadeia nacional, no domingo (9). Durante a entrega de obras do Porto do Futuro, no Rio de Janeiro, ela disse que “tem de usar outros instrumentos de combate” para evitar consequências da crise internacional. “Trouxemos para as contas públicas e orçamento fiscal da União os problemas que, de outra forma, recairiam sobre a sociedade e os trabalhadores. Agora, temos que usar outros instrumentos de combate”, disse. “Passamos por uma conjuntura em que esgotamos todos os nossos recursos de combater a crise que começou lá em 2009”, completou.
Ela ainda afirmou que os principais efeitos da crise não atingiram o Brasil graças às medidas tomadas pelos últimos governos, como o aumento do desemprego e redução das taxas de crescimento. “Nós não deixamos que isso acontecesse no Brasil. E não deixamos, usando como instrumento tanto uma política de crédito bastante subsidiada, como também uma política de desonerações fiscais”, falou.
A presidenta também afirmou que está empenhada em continuar os programas sociais de redução da desigualdade social e que o Brasil precisa começar a melhorar a qualidade de vida dos cidadão, uma das maiores críticas dos adversários de Dilma durante as eleições do ano passado. “São mais de 40 milhões, são 44 milhões que chegaram à classe média no Brasil, 36 milhões saíram da pobreza. Nós temos de cuidar hoje do que falta ainda tirar da pobreza, que é um remanescente”, declarou. “É só um começo. A partir daí, o desafio maior é garantir educação de qualidade, saúde de qualidade. E para isso, precisamos de emprego de qualidade, que precisa de investimentos em infraestrutura, que levarão o País ao crescimento. Empregos na área de infraestrutura são algo que nós estamos vendo aqui ser realizado [no Porto do Futuro]”, concluiu.
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