Sabemos que o mercado não rasga dinheiro, seja real, dólar ou euro. E não escapa das tensões que nos aguardam a partir de hoje, até domingo, com gente de situação e oposição indo para a Avenida Paulista (alternadamente, espera-se).
Ontem, o Tesouro Nacional foi obrigado a vender um lote recorde, de R$ 64 bilhões, de títulos pós-fixados – as LFTs. Isso porque os investidores não quiseram carregar papéis prefixados, temerosos de uma alta mais forte dos juros. Afinal, a Ata do Copom divulgada ontem revelou uma chance significativa de isso acontecer. Título pós-fixado protege o investidor.
As manifestações também dão combustível para a alta do dólar. A cotação da moeda americana ultrapassa os R$ 3,20 nesta sexta-feira.
Retomando: é da natureza do mercado agir de forma oportunista. Mas não se pode demonizá-lo. Um mercado forte é condição sine qua non para o desenvolvimento da economia. Na Bolsa, por exemplo, as empresas se financiam. Juro alto atrapalha a produção. E câmbio enlouquecido emperra as exportações e as importações.
Que tudo sossegue na segunda-feira, apesar de pouco provável.
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