Desemprego na região metropolitana de SP é a menor desde 1991

Foto: Ingimage
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A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 9,8% em janeiro para 10,5% em fevereiro. O contingente estimado de desempregados é 1.138 pessoas, 80 mil a mais que no mês anterior. O número de ocupados caiu 38 mil, o equivalente a -0,4%. Os dados são da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o economista Alexandre Loloian, coordenador da análise, apesar da alta, essa é a menor taxa para o mês de fevereiro desde 1991. “Ainda estamos em uma situação boa e não perdemos os ganhos do passado”, disse ele.

Segundo o economista, a redução no nível de ocupação é efeito conjugado do aumento da População Economicamente Ativa (PEA), que inclui empregados e pessoas em busca de emprego, e da diminuição da oferta de postos de trabalho.

A pesquisa da Fundação Seade e do Dieese deixou de divulgar a estimativa de desemprego em todo o país devido à redução de amostras, com a saída de algumas regiões. Entre as cidades que ainda constam do levantamento estão Fortaleza (passou de 7,1% em janeiro para 7,2% em fevereiro), Porto Alegre (5,8% para 5,7%), o Recife (11,8% para 12,1%) e Salvador (16,3% para 16,4%).

Se considerar apenas a capital paulista, o desemprego também cresceu, passando de 9,5% em janeiro para 10,4% no mês passado. Entre os setores, os que mais eliminaram postos de trabalho foram os serviços (32 mil postos) e a construção (22 mil postos).

“A construção está em um período atípico, com o nível particularmente baixo, não só na construção de residências, como de infraestrutura. Lançamentos estão caindo, as vendas diminuindo, as construtoras e incorporadoras em redução e isso se reflete no nível de emprego”, disse Loloian.

A indústria teve redução de 6.000 postos de trabalho e o comércio teve aumento de 32 mil postos. Na análise da qualidade do emprego, constatou-se que o número de assalariados diminuiu 0,5%. O número de autônomos caiu 1,1% e o de trabalhadores sem carteira assinada teve queda de 5%.

“A qualidade do emprego se manteve e houve redução nas ocupações precárias, em autônomos e sem carteira. Isso é um sinal de que o mercado de trabalho não está em um processo de deterioração tão rápido”, declarou o economista.


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