O segredo do crescimento inclusivo do Uruguai

 O Uruguai é um dos exemplos mais inspiradores do esforço para perseguir o crescimento com progresso social. A observação é da economista Elif Ture, em texto publicado hoje no blog do FMI. Segundo ela, o país tem as menores taxas de desigualdade da América Latina desde ao menos 1990.

O crescimento do emprego e da renda do trabalho, assim como a introdução de programas sociais, foram os fatores principais para esse quadro benigno. Além disso, houve aumento da oferta de trabalhadores muito bem qualificados na última década, ajudando a reduzir as diferenças entre maiores e menores salários e a desigualdade de renda.

A participação feminina no mercado de trabalho se situa cinco pontos percentuais acimda da verificada em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e dez pontos acima dos seus pares latino-americanos. Também houve progressos na redução da diferença entre os salários de homens e mulheres.

O gasto público social aumentou de 20% do PIB em 2005 para 25% em 2012. No quesito tributação, houve aumento da progressividade (os mais ricos pagam mais), enquanto a reforma do sistema de saúde quase triplicou a cobertura do seguro-saúde nos planos públicos, tornando o direito à saúde quase universal.

A redução da pobreza a partir da crise de 2002 foi parcialmente ajudada pelo forte crescimento econômico do Uruguai. Manter um crescimento forte e estável e assegurar que as políticas sociais sejam fiscalmente sustentáveis no futuro são dois pontos cruciais para a continuidade dos ganhos para a sociedade.

Da série por que amamos o Uruguai.

 


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