O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (8) que a inflação de março ficou em 1,32%, dez pontos percentuais acima da média de fevereiro, que havia ficado em 1,22%. No ano, a inflação brasileira está acumulada em 3,83% e, se juntar a média dos últimos doze meses, ou seja, desde março de 2014, o Brasil registra uma taxa de 8,13%. Em março do ano passado, a taxa ficou em 0,92%.
Segundo o portal G1, a taxa é a maior desde fevereiro de 2003, quando o IBGE registrou inflação de 1,57% no País.
De acordo com o IBGE, mais da metade do índice de março é resultado dos reajustes na área de energia elétrica, cujo aumento médio de 22,08% gerou 0,71 ponto percentual de impacto na inflação do mês. “Com a entrada em vigor, a partir de 2 de março, da revisão das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ocorreram aumentos extras, fora do reajuste anual, para cobrir custos das concessionárias com a compra de energia”, diz um trecho do relatório da instituição.
Ainda segundo o IBGE, a alta da gasolina também fortaleceu a taxa de inflação brasileira no mês: o aumento no combustível foi de 1,26%, ainda refletindo uma parte do reajuste nas alíquotas do PIS/COFINS que entrou em vigor em primeiro de fevereiro. Com isto, o litro do combustível totaliza 9,80% de aumento médio neste ano.
A tabela divulgada pelo IBGE (acima) ainda mostra que a habitação e a alimentação puxaram a alta da inflação, com um aumento de 0,79% no primeiro e de 0,29% no segundo em março. Isso significa, portanto, que está mais caro morar e comer no Brasil. Em fevereiro, o maior impacto tinha sido o setor de transportes (gasolina) e a educação (reajustes nas universidades). Em janeiro, a alimentação, a habitação e os transportes foram os responsáveis pela taxa, que ficou em 1,24%. O instituto divulgou, entre outras tabelas, o aumento dos preços em alguns itens básicos alimentícios (tabela abaixo). A cebola (15,10%) e o ovo de galinha (12,75%) foram os maiores reajustes do mês.
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