Protestos devem reunir menos pessoas do que mês passado

A organização dos protestos contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) espera que o número de participantes dos atos deste domingo (12) supere o do mês passado, quando, segundo o Datafolha, 1,5 milhão de pessoas foram às ruas (210 mil só em São Paulo, cidade central das manifestações). No entanto, se contar apenas com os eventos das redes sociais, motores das convocações, estão confirmadas apenas 170 mil pessoas para os protestos deste domingo.

Em capitais como São Paulo (Avenida Paulista) e Rio de Janeiro (Praia de Copacabana), os atos começam às 14h. A lógica é que as outras cidades importantes do Brasil se reúnam neste mesmo horário. Brasileiros acompanhará durante esta tarde as manifestações em todo o País.

O grupo com mais adeptos para ir às ruas é o do Movimento Brasil Livre, que tem 94 mil pessoas “confirmadas” nos protestos. Segundo a página, mais de 120 cidades brasileiras vão registrar manifestações pedindo a saída de Dilma Rousseff do poder. O Vem Pra Rua, outro potencializador dos atos, possui 54 mil pessoas na lista dos confirmados, e o Revoltados Online, 31 mil. Esses dados foram usados como argumento para o governo federal crer que os protestos deste domingo serão menores dos que o do dia 15 de março, conforme publicou no sábado (11) o jornal Folha de S. Paulo.

Outro dado importante para essa configuração é a distância relativa das pessoas que realmente vão aos protestos com os grupos que os organizam. Segundo pesquisa do Datafolha, 91% dos manifestantes do dia 15 de março não têm ligação alguma com os organizadores, como o MBL e o Revoltados Online. Entre os que admitiram fazer parte de tais grupos, 3% afirmaram ser do Vem Pra Rua, 2% do Revoltados Online e 1% do MBL.

Vale lembrar ainda que outros grupos ainda menores também participam dos atos, como o SOS Forças Armadas, que pede intervenção militar e que gerou pequenos conflitos na manifestação do dia 15 de março.

A presidenta Dilma Rousseff chegou nesta madrugada do Panamá, onde participou da Cumbre de Las Américas e se encontrou com o presidente norte-americano, Barack Obama, e com a argentina Cristina Kirchner. Ela não tem eventos oficiais marcados para hoje. De acordo com o Planalto, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, ficarão em Brasília acompanhando os protestos e informando à presidenta sobre os acontecimentos. Não está prevista uma coletiva de imprensa após os atos, assim como foi no dia 15.


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