Decio Vieira, com a devida profundidade

A trajetória instigante de Decio Vieira (1922-1988) enfim pode ser estudada com a devida profundidade no livro de Paulo Herkenhoff, edição primorosa da FGV Projetos, com belas reproduções, biografia detalhada e textos críticos, incluindo ensaio de Frederico Morais.

A carreira de Vieira teve início no curso de Desenho de Propaganda e de Artes Gráficas da FGV, no Rio de Janeiro, em 1946. Cumpriu importante papel nos movimentos estéticos de vanguarda dos anos 1950 e 60 no Brasil, como o Neoconcreto e o Grupo Frente.

Nos anos 1960, sofreu influência da crítica de Mário Pedrosa e Ferreira Gullar, e de artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica. Outra referência marcante foi a de Paul Klee, que ecoa na série de têmperas dos anos 1970.

Sua produção ganhou a primeira retrospectiva em 1992, organizada pela Funarte e pelo Instituto Nacional de Artes Plásticas (INAP), no Rio de Janeiro, e somente em 2002 o Centro Maria Antonia, em São Paulo, recebeu a primeira mostra do artista, com curadoria de Felipe Scovino, mas sem a publicação de um catálogo.


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