SP: Prefeitura admite epidemia de dengue só em 13 bairros

A cidade de São Paulo registrou 20.764 casos de dengue nas primeiras 14 semanas do ano, conforme balanço divulgados, na quinta-feira (23), pela Secretaria Municipal de Saúde. Há também mais de 60 mil casos suspeitos (exames ainda não confirmados). Houve um aumento de 191,3% em relação ao total de casos no mes mo período em 2014. Até agora, a capital registra cinco mortes por dengue. Porém há outros 22 casos fatais em investigação.

A Prefeitura também assumiu que pelo menos 13 dos 93 distritos da capital alcançaram os critérios que definem uma epidemia – mais de 300 casos por cem mil habitantes. São eles: Mesmo assim, a Prefeitura divulgou nota ontem admitindo que 11 distritos da cidade já alcançaram o patamar de 300 casos a cada 100 mil habitantes, que é o critério para definir uma epidemia. São eles: Brasilândia, Cidade Ademar, Itaquera, Jaraguá, Pirituba, Cachoeirinha, Raposo Tavares, Rio Pequeno, Freguesia do Ó, Perus, Pari, Limão, Casa Verde, Pari e Itaquera.

Na quinta, 50 soldados do Exército começaram a ajudar os agentes de saúde na busca de criadouros de mosquitos nas casas. No País, até 28 de março, os dados oficiais mostravam 460.502 casos.

Apesar do aumento de casos, a situação da capital paulista não é considerada uma epidemia generalizada. “São Paulo não vive uma epidemia. Tem surtos em bairros que estão recebendo um tratamento mais atento”, disse Paulo Puccini, Secretário Adjunto de Saúde do Município.

Na opinião do médico infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, as estatísticas oficiais não refletem a realidade. “Os hospitais estão abarrotados, o número de casos é bem maior e posso afirmar que estamos enfrentando a maior epidemia de dengue na cidade e no País”, diz o especialista.

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“É a maior epidemia da história”, diz infectologista