Na Bienal de Veneza, pavilhão brasileiro faz crítica à falsa liberdade do indivíduo

Especial_Bienal

André Komatsu, Berna Reale e Antonio Manuel são os três artistas selecionados pelo curador Luiz Camillo Osorio para representar o Brasil na 56ª Bienal de Veneza. Numa mostra política, com o título É Tanta Coisa Que Não Cabe Aqui, os três construíram um lugar de aprisionamento como crítica a uma falsa liberdade em que transita o indivíduo contemporâneo.
É como se o trio dissesse que para, sermos livres, precisamos estar trancafiados num espaço cirurgicamente limpo, falso, montado por nossa imaginação, na estética do “condomínio”, citando Christian Dunker. E há também o aprisionamento do outro, na pobreza econômica, na violência física, social e cultural, que é uma maneira de garantir nossa própria e mesquinha sobrevivência. Há, portanto, um paraíso de felicidade eterna, sem conflito, límpido e o inferno são os outros. 
É muito interessante como cada trabalho dialoga entre si e com o resto das obras da mostra central no Arsenal, onde esta ideia de desordem aparece explícita em criações de artistas do mundo todo. 

Leia mais:

Presidente da Bienal de Veneza destaca diversidade da mostra

“O importante é fazer diferente”, diz Véio

Veja abaixo algumas imagens dos trabalhos no Pavilhão do Brasil:

André Komatsu, Berna Reale e Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
André Komatsu, Berna Reale e Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
"Americano" (2013), trabalho de Berna Reale, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
“Americano” (2013), trabalho de Berna Reale, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux

 

"Americano" (2013), trabalho de Berna Reale, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
“Americano” (2013), trabalho de Berna Reale, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
"Nave" (foto, bandeja e saco com água), instalação de Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
“Nave” (foto, bandeja e saco com água), instalação de Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
"Nave" (foto, bandeja e saco com água), instalação de Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
“Nave” (foto, bandeja e saco com água), instalação de Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
"Nave", instalação de Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
“Nave”, instalação de Antonio Manuel, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
"Status Quo", trabalho de André Komatsu, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
“Status Quo”, trabalho de André Komatsu, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
"Status Quo", trabalho de André Komatsu, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
“Status Quo”, trabalho de André Komatsu, na 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux


Comentários

3 respostas para “Na Bienal de Veneza, pavilhão brasileiro faz crítica à falsa liberdade do indivíduo”

  1. […] Image by internet. André Komatsu, Berna Reale and Antonio Manuel, in the 56ª Bienal de Veneza/Image: Patricia Rousseaux published here. […]

  2. […] “É como se o trio dissesse que para, sermos livres, precisamos estar trancafiados num espaço cirurgicamente limpo, falso, montado por nossa imaginação, na estética do ‘condomínio’, citando Christian Dunker. E há também o aprisionamento do outro, na pobreza econômica, na violência física, social e cultural, que é uma maneira de garantir nossa própria e mesquinha sobrevivência”, do site brasileiros. […]

  3. […] Pelo pavilhão brasileiro é que podemos efetivamente inserir a questão tratada no início sobre obra conceitual – a imagem física e o conceito. Apesar da dimensão extraordinariamente criativa do conceito do trio, as obras limitam a metáfora. “É como se o trio dissesse que para, sermos livres, precisamos estar trancafiados num espaço cirurgicamente limpo, falso, montado por nossa imaginação, na estética do ‘condomínio’, citando Christian Dunker. E há também o aprisionamento do outro, na pobreza econômica, na violência física, social e cultural, que é uma maneira de garantir nossa própria e mesquinha sobrevivência”, do site brasileiros. […]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.