Perder é difícil, mas não é o fim do mundo

Não vai dar para bebericar no Desfile das Campeãs de São Paulo, sábado, 25. A Águia de Ouro, escola que me deu a honra de estrear como sambista na passarela, ficou em 12º lugar na polêmica apuração deste ano no Anhembi. Só as cinco primeiras voltarão ao Sambódromo e por quatro décimos a agremiação de Pompéia não foi rebaixada.

Se você não ligou a TV nem leu jornais e sites como este durante a folia, segue rápido flashback: durante a leitura do último quesito, um integrante da Império da Casa Verde subiu no palanque, rasgou e enfiou na calça notas dos jurados. Na sequência, a numerosa torcida da Gaviões da Fiel começou um quebra-quebra, invadiu uma pista da Marginal Tietê e ainda incendiou um carro alegórico da Pérola Negra. A violência resultou em detenção e, o mais bizarro: revelou-se que Tiago Faria, pivô da confusão, já havia posado nu para a G Magazine. A notícia espalhou-se pelas redes sociais e já há boatos de que a revista poderia ser relançada.

Com a confusão, a Águia de Ouro livrou-se do rebaixamento. Sabe-se lá que notas estariam reservadas para ela no último quesito, Comissão de Frente. Saber perder é mesmo uma arte, porém, esse tipo de evento envolve muito dinheiro e paixão descabida, não necessariamente nessa ordem, portanto a violência sempre rondará o momento da apuração. Agora é hora de guardar a fantasia e torcer para que no ano que vem a escola da Pompéia saia mais uniforme, com carros alegóricos mais criativos e fantasias mais ricas. O samba era lindo, sem dúvida, mas eu, por exemplo, tive de correr na última ala e, sim, perdemos ponto em evolução. Mas tudo acaba em dias como hoje, vira cinzas.


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