A decisão imposta ao Boca Juniors pela Conmebol no final de semana após a confusão no jogo contra o River Plate, pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América, gerou críticas de quem esperava, no mínimo, uma suspensão da Bombonera, mítico estádio do clube argentino. A pena do Boca foi a eliminação do torneio, quatro partidas internacionais sem público (na próxima Libertadores, caso o time se classifique), outras quatro partidas como visitante também sem torcida e uma multa de US$ 200 mil. O Boca protocolou neste domingo um recurso à Câmara de Apelações da Conmebol contra a eliminação. O recurso deve ser julgado até terça-feira (19).
A Conmebol anunciou as datas das quartas de final, com o jogo entre Cruzeiro e River Plate na quinta-feira (21), às 22h, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. A volta será na semana seguinte, no Mineirão, em Belo Horizonte.
“Tivemos que tomar uma decisão. Essa prática sempre será criticada, especialmente quando as decisões são tomadas tão rapidamente. Alguns ficarão felizes, Outros não”, admitiu o vice-presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol, o uruguaio Adrian Leiza Zunino, “Na hora de decidir teve um atenuante na sanção, porque o Boca fez uma denúncia na Justiça argentina. Se não tivesse acontecido esse ato, o Boca poderia ser castigado com algum tipo de suspensão em torneios internacionais”, completou.
O Boca, obviamente, reclamou. “Os jogos são ganhos no campo e não no tribunal”, respondeu Daniel Angelici, presidente do Boca Juniors. “Não concordo com a decisão. Acho que deveríamos jogar os 45 minutos restantes”, completou. O secretário-geral do Boca Cesar Martucci, foi mais longe. “Misturar o institucional com o esporte é o elemento principal desta sanção. O futebol é quem sai ferido”, disse.
Nesta segunda-feira (18), o árbitro da partida, o uruguaio Dário Herrera, afirmou que não houve pressão de nenhuma das partes para cancelar o jogo. “Os atletas do River Plate estavam realmente com problemas. Até a camiseta deles tinha um pó laranja, do gás. Era perceptível que não dava para continuar. Os jogadores do Boca entenderam isso e queriam que os do River se recuperassem para o jogo recomeçar. Mas ninguém me fez pressão”, disse ao jornal Olé.
Além de River e Cruzeiro, estão nas quartas de final o Guaraní, do Paraguai, o Racing, da Argentina, o Independiente Santa Fé, da Colômbia, o Emelec, do Equador, o Tigres, do México, e o brasileiro Internacional.
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