Escrito de forma crua e realista, Lapa, como o próprio autor define em uma nota introdutória, “é uma crônica trágica da prostituição carioca”. Com título sugerido por Jorge Amado, o livro foi publicado em 1936 e rendeu a Luís Martins muitos problemas com a censura do Estado Novo. Títulos foram escolhidos para integrar a Biblioteca Oficial do projeto Rio 450.
Taxado de subversivo e imoral, o livro foi apreendido e destruído, o que levou o autor a exilar-se em uma fazenda em São Paulo. Lapa entrou para a história, injustamente, como uma obra clandestina. Hoje, décadas depois, impressiona pelo impacto literário e ousadia.
Na edição da José Olympio, o texto de Lapa é apresentado por um prefácio de Ruy Castro, que revela detalhes da história do bairro e da trajetória de Martins. Dentre as passagens abordadas por Castro, chama a atenção a que se refere ao namoro de Luís Martins com a modernista Tarsila do Amaral, 21 anos mais velha que ele. Além disso, o prefácio lança luz sobre a convivência do escritor com outras personalidades do bairro.
Lapa
288 páginas
R$ 65
Editora Record
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