O grupo radical Estado Islâmico tomou nesta quinta-feira (21) o controle pleno de Palmira, no deserto sírio, colocando o patrimônio mundial na antiga cidade em risco de destruição, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Com a conquista de Palmira, o grupo passa a controlar mais de metade da Síria. Ainda de acordo com o OSDH, os jihadistas dominam uma área de 95 mil quilômetros quadrados, pouco mais de 50% do território total do país. Homs e Deir al-Zour, duas cidades disputadas pelos extremistas e forças leias a Assad, podem ser os próximos alvos.
O observatório e combatentes disseram que as tropas do regime sírio recuavam em todas as posições dentro e na periferia da cidade de Palmira, incluindo em Badya (deserto sírio), aeroporto militar e a prisão, que os jihadistas ocuparam durante a noite. Após oito dias de combates, o grupo reivindicou em seu perfil no Twitter a captura total da cidade e anunciou que as forças do regime “fugiram, deixando para trás um grande número de mortos em suas fileiras”.
A cidade de Palmira tem uma importância estratégica, pois serve de ligação entre a província síria de Deir Al Zur, um dos redutos do Estado Islâmico, e Ramadi, no Iraque. As ruínas de Palmira estão na lista do Patrimônio da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco).
A entidade condenou a destruição do sítio arqueológico de Palmira, dizendo que seria uma “enorme perda para a humanidade”. “Palmira é um extraordinário patrimônio da humanidade no deserto e qualquer destruição ocorrida em Palmira seria não apenas um crime de guerra, mas também uma enorme perda para a humanidade”, disse Irina Bokova, diretora da organização, em um vídeo publicado na internet.
Europa repercute invasão de Palmira pelo Estado Islâmico:
*Com Agência Brasil
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