Uma equipe especial de arquivistas começou a trabalhar no Arquivo Nacional, em Washington, em cerca de 40 mil documentos federais que revelarão dados sobre o assassinato do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy.
Os trabalhos da comissão devem seguir até outubro de 2017, quando por força de uma lei, os registros devem ser mostrados em sua totalidade para o público. Porém, caso o presidente da época achar necessário, ele pode vetar a exibição de parte desses papéis. Segundo a revista Politico, os dados devem vir a público por causa de uma lei relativa ao caso, a JFK Records Act.
Em 1992, a legislação foi aprovada e determinou que em 25 anos, a investigação criminal deveria ser apresentada a todos. Os historiadores – e também aqueles que acreditam em um complô para matar o 35º presidente dos EUA – temem que o possível veto presidencial possa interferir nas informações. A chefe da Sessão Especial do Arquivo Nacional, Martha Murphy, afirmou à publicação que trabalhará para mostrar tudo o que foi arquivado sobre o assassinato.
“O Arquivo Nacional irá fazer de tudo para garantir que esses documentos sejam abertos e analisados pelo público. Essa é minha única meta. Mas, há limites para meu poder e o presidente dos Estados Unidos tem o direito de dizer se algo precisará ser guardada por mais tempo”, destacou Murphy.
Já falando sobre alguns escritos que verificou, a responsável afirmou que eles mostram “um bonito retrato da Guerra Fria nos EUA”.
Segundo as informações dadas pelo Arquivo Nacional, cerca de 3.600 páginas das 40 mil nunca foram abertas ao público. Elas contaram com uma “proteção total” porque contêm informações consideradas de “segurança”, mas também porque revelam fontes e citam espiões investigados – e que nunca foram acusados do crime.
Com o arquivo sendo aberto, os historiadores esperam encaixar mais peças no quebra-cabeça da morte de JFK e poderão checar se os resultados das investigações oficiais foram feitos de maneira correta. Segundo a Comissão Warren, a morte do mandatário foi realizada por Lee Harvey Oswald de maneira independente e sem contar com a ajuda de países considerados inimigos na época, como Rússia e Cuba.
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