Os juros não param de subir e devem seguir em elevação neste ano. No entanto, todos sentem os preços subirem – do supermercado ao vestuário. A política monetária brasileira, diferentemente do que ocorre na maioria dos países – não é totalmente eficaz.
Isso porque há forte indexação no País. Aluguéis são reajustados pelo IGP-M, por exemplo. As mensalidades escolares, pelo IPCA. As tarifas de energia também têm reposição automática da inflação passada. Isso não ocorreu em 2014 e sentimos agora no bolso o tamanho do reajuste, que o próprio Banco Central prevê que alcançará 41% neste ano.
Esses são apenas três exemplos que explicam o motivo pelo qual penamos com juros altos, o que retrai os pedidos de crédito e, consequentemente, o consumo. Economistas estimam que os preços indexados respondem por ano menos 30% do IPCA.
Alguns mais ortodoxos argumentam que a política de reajuste de salário mínimo também é inflacionária. Neste ponto, discordamos. Trata-se de uma questão de justiça econômica e social.
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