Nos 70 anos de Arthur Verocai, leia conteúdo exclusivo

Aos 27 anos, o maestro e compositor Arthur Verocairege arranjos de cordas de seu álbum homônimo de 1972 (foto: Fernando Bergamaschi / divulgação Facebook)
Aos 27 anos, o maestro e compositor Arthur Verocai rege arranjos de cordas de seu álbum homônimo de 1972 (foto: Fernando Bergamaschi / divulgação Facebook)

Nesta quarta-feira (17), completa 70 anos o maestro carioca Arthur Verocai. Arranjador dos mais relevantes para a produção musical do País nos anos 1970, Verocai lançou em 1972, como compositor, um álbum solo de repercussão pífia, com tiragem única de mil cópias.

O desencanto com a indiferença ao seu trabalho autoral, e o conturbado contexto sociopolítico do País naquela primeira metade dos anos 1970, fez com que o maestro tornasse cada vez mais rarefeitas suas colaborações para a indústria fonográfica do País, e passasse a se dedicar à composição de trilhas e jingles para a publicidade.

Fato superado no começo dos anos 2000, quando seu álbum homônimo – raríssimo em formato físico, mas disseminado em inúmeros blogs na internet – foi redescoberto por uma crescente legião de novos ouvintes, fascinados com a sofisticação de seus arranjos, a beleza das composições e o lirismo pungente das letras de Vitor Martins.

Em 2011, Verocai foi entrevistado pela Brasileiros, na véspera do primeiro de dois shows históricos realizados no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Na ocasião, quase 40 anos depois e pela primeira vez, o maestro pode reger e executar o repertório de seu icônico álbum de 1972. Leia a íntegra da entrevista.

Em 2014, o LP foi tema da resenha AI-5, Verocai e o Nó na Garganta (leia), na coluna Quintessência (acesse o conteúdo completo da coluna). 

Mesmo que o nome Arthur Verocai não seja familiar para o grande público, listamos abaixo dez arranjos que exemplificam a importância do maestro e o requinte atribuído por ele à produção de alguns dos maiores artistas da nossa música popular.   

Parafraseando a saudação do Poetinha Vinicius de Moraes ao mestre Moacir Santos: “À benção, maestro Arthur!”

Erasmo Carlos – Ciça Cecília (Erasmo Carlos, 1971)

Jorge Ben Jor – É Proibido Pisar na Grama (Jorge Ben, 1971)

Luiz Melodia – Prá Aquietar (Luiz Melodia, 1973)

Gal Costa – Pontos de Luz (Jards Macalé / Waly Salomão 1973)

Ivan Lins – Tanauê (Ivan Lins / Ronaldo Monteiro de Souza / Rolando Faria, 1970)

Elis Regina – Um Novo Rumo (Arthur Verocai / Geraldo Flach, 1968)

Tim Maia – The Dance Is Over (Tim Maia, 1976)

Johnny Alf – Um Gosto de Fim (Ivan Lins / Ronaldo Monteiro de Souza, 1974)

Quinteto Ternura – Baby (Caetano Veloso, 1974)

Célia – Na Boca do Sol (composição de Arthur Verocai  / Vitor Martins, de 1972)


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.