Morreu nesta segunda-feira (22), aos 90 anos, o artista Remo Remotti. Ator, cantor, pintor, poeta, escultor e humorista, o italiano ficou conhecido no mundo inteiro por trabalhar com Francis Ford Copolla em O Poderoso Chefão – Parte 3.
Segundo nota divulgada pelo hospital Policlínico Gemelli de Roma, Remotti “sofria com uma grave doença no sangue que o levou à morte”.
A infância e a juventude do artista foram vividas entre o fascismo e a Igreja Católica. Formou-se em Direito e trabalhou, em 1948, nos cemitérios norte-americanos da Segunda Guerra Mundial. Fugindo em 1951 para a América do Sul, onde viveu por sete anos, ele trabalhou como taxista no Peru. Ao voltar para a Europa, trabalhou em uma fábrica na Alemanha, foi funcionário de uma empresa farmacêutica em Milão e, após os empregos, largou tudo pela arte.
Internado por três vezes em clínicas psiquiátricas e casado por duas vezes com mulheres chamadas Luisa, Remotti deixa uma filha que nasceu quando ele tinha 64 anos.
O artista ainda teve uma longa carreira no teatro italiano e trabalhava, esporadicamente, no cinema. Seus últimos papéis foram nos filmes Cartas Para Julieta e Comer, Rezar e Amar, ambos de 2010.
O ministro dos Bens Culturais e Turismo, Dario Franceschini, expressou condolências pela morte do multifacetado artista.
“A morte de Remotti priva nosso país de um artista múltiplo e vivo: ator, escritor, cantor e poeta romanesco que por toda sua vida teve o privilégio de trabalhar com os maiores diretos italianos em filmes originais e de grande sucesso”, destacou.
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