O Japão levou a cabo nesta quinta-feira (25) a execução do 12º condenado à morte desde a chegada ao poder, em 2012, do primeiro-ministro conservador Shinzo Abe. O condenado morreu por enforcamento. O ato foi autorizado pelo ministro da Justiça, Yoko Kamikawa, segundo o site The Japan Times.
A última vez que o Japão executou um condenado à morte foi em agosto de 2014. Com a execução desta quinta, outros 130 presos continuam no corredor da morte, segundo o Ministério da Justiça.
A vítima foi Tsukasa Kanda, de 44 anos . Em agosto de 2007, ele e outros dois homens sequestraram, roubaram e mataram por estrangulamento uma mulher de 31 anos de idade, em Nagoya.
A Anistia Internacional criticou a decisão de executar Kanda. Em um comunicado divulgado nesta quinta a ONG alegou que o governo o executou propositadamente em um momento em que a atenção do público é focado nas contas do primeiro-ministro, que pretende expandir o papel militar do Japão.
“Com o país olhando para o outro lado, as autoridades do Japão decidiram que era politicamente conveniente retomar as execuções. Tirar a vida de um homem desta maneira é a política de sarjeta”, disse Hiroka Shoji, pesquisador da Anistia internacional.
Além dos Estados Unidos, o Japão é o único país industrializado e democrático que mantém a pena de morte. Uma pesquisa divulgada pelo governo em janeiro último mostra que 80,3% das pessoas país aprovam a pena de morte.
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