O ex-jogador uruguaio Alcides Ghiggia, morto na noite desta quinta-feira (17), aos 88 anos, em seu país, será velado até às 16h desta sexta-feira (17) no Salón de los Pasos Perdidos, na sede do parlamento uruguaio, em Montevidéu. No fim do dia, seu corpo será enterrado no Panteão dos Olímpicos, no Cemitério del Buceo, na capital do país, onde estão outros atletas históricos uruguaios.
A imprensa uruguaia repercute nesta sexta-feira todos os traços do que consideram a maior lenda da história do futebol do país. O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, que está em Brasília para uma reunião com membros do Mercosul, disse que a morte de Ghiggia justamente no mesmo dia em que aconteceu o Maracanazo, a tarde do domingo de 16 de julho de 1950, foi uma “ironia da vida”. “Hoje é uma data que tinhamos que festejar e nessas horas mudamos a festa pela dor”, afirmou. O ex-presidente, Pepe Mujica, disse que o gol de Ghiggia no Maracanã foi, “provavelmente a maior façanha que já foi escrita” e que o Maracanazo “é um dos maiores orgulhos do povo uruguaio”. E completou: “Nunca vi tanta explosão e alegria resumida na sociedade uruguaia [quando o Uruguai foi campeão mundial sobre o Brasil, em 1950]. Talvez quando a ditadura acabou, mas nunca vi tanta alegria em um povo”.
Jogadores da atual seleção do país, como Diego Forlán, Luís Suarez e Diego Lugano, além do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, e outras personalidades do mundo do futebol lembraram do ex-jogador. A página da Fifa na internet também fez uma homenagem ao uruguaio.
Morte
O ex-jogador da seleção do Uruguai, Alcides Ghiggia, morreu nesta quinta-feira (16), aos 88 anos, exatos 65 anos após o “Maracanazo”, episódio batizado assim pelo fato de o Uruguai, desacreditado, ter vencido a Seleção Brasileira na final da Copa de 1950 – que foi realizada no Brasil – no Maracanã que, segundo as contas oficiais, tinha 173 mil pagantes. O estádio fora construído para o Mundial e ainda estava em obras. O ex-atacante foi autor do gol da vitória do Uruguai por 2 a 1. Ele sofreu um ataque cardiáco em Montevidéu, onde estava internado desde quarta-feira (15). De acordo com a imprensa uruguaia, Ghiggia lutava há dez anos contra um câncer.
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