Indivíduos armados atiram contra consulado dos EUA em Istambul

A polícia turca deteve nesta segunda-feira (10) um dos dois atacantes que atiraram, de madrugada, contra o consulado norte-americano em Istambul, informou a agência de notícias estatal Anatolia. O momento é de tensão na Turquia devido à campanha de bombardeios do governo contra os rebeldes curdos. O outra atacante está sendo procurado pelas autoridades, informaram os canais CNN-Turk e NTV.

Não foram divulgados detalhes sobre a identidade do detido, mas a imprensa turca diz tratar-se de uma mulher. O motivo do ataque está sendo investigado. “Ainda estamos trabalhando para verificar o que ocorreu”, disse à AFP um porta-voz da embaixada norte-americana em Ancara, capital turca.

Não houve vítimas. O ataque foi registrado depois de um suspeito de bomba-suicida, em um veículo carregado de explosivos, ter atacado, pouco depois da meia-noite, um grupo de policiais no distrito de Sultanbeyli, em Istambul, ferindo 10 pessoas, incluindo três policiais, informou a Anatolia.

Caças

Os Estados Unidos enviaram seis caças F-16 para a base de Incirlik, no sul da Turquia, para apoiar o combate ao grupo extremista Estado Islâmico. O anúncio foi feito no domingo (9) pela representação norte-americana na Organização do Tratado do Atlântico do Norte (Otan), em uma publicação na página do Twitter.

A medida é resultado do acordo assinado em julho entre os Estados Unidos e a Turquia, que permite, pela primeira vez desde que foi lançada a coligação internacional contra os jihadistas no Iraque e na Síria, que os Estados Unidos possam decolar caças dessa base estratégica.

Antes dessa negociação, os Estados Unidos utilizavam aviões não-tripulados (drones) armados que decolavam de Incirlik para ataques contra o Estado Islâmico. Os F-16 só podiam decolar de bases mais distantes dos alvos, na Jordânia ou no Kuwait.

Os F-16 norte-americanos foram enviados da base de Aviano, na Itália. Trezentos militares norte-americanos também foram enviados para a base turca para participar das operações de coordenação.

A Turquia tinha se recusado participar dos ataques aos jihadistas, por receio de que a ofensiva favorecesse a ação dos curdos da Síria que combatem o Estado Islâmico. O país, no entanto, mudou de posição depois do atentado atribuído ao Estado Islâmico que matou 32 pessoas a 20 de julho em Suruc, no sul da Turquia.


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