O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta sexta-feira (14) a reengenharia econômica que está sendo feita no Brasil por causa dos momentos díspares dos seus dois principais parceiros econômicos: Estados Unidos e China. Os chineses, principalmente, estão vivendo um momento parecido ao do Brasil, em que a economia está sendo realinhada e, assim, o investimento em comodities – do qual o País se beneficiou – diminuiu. “Eles já esgotaram o processo de investimento em vários setores, como o imobiliário, por exemplo. Você vai pro interior da China e encontra aqueles blocos de prédios de 30 andares. Acabou já”, disse.
O ministro participou do debate “O Que Fará o País Voltar a Crescer Após os Ajustes?” com o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto. Para Levy, o governo precisa dialogar com novos compradores dos produtos brasileiros, para não depender das situações econômicas dos principais parceiros. “Nesta nova fase da economia brasileira, a abertura de novos mercados é essencial, e estamos fazendo isso com o México, o Peru, a Colômbia e a União Europeia, por exemplo”, afirmou. “O ajuste está andando para garantir o progresso social conquistado nos últimos anos em outro ambiente, que é esse que estamos vivendo hoje”, completou.
O ministro também disse que o ajuste fiscal empreendido por ele desde que assumiu a pasta ainda não atingiu seu fim nem a curto prazo. Ele também elogiou a presidenta Dilma Rousseff, dizendo que ela está preferindo cuidar da economia à sua imagem perante a sociedade. “É um trabalho a ser feito, do lado das despesas e da receita. Temos a questão da dívida e, se tropeçarmos nisso, o custo para a sociedade será muito alto. A presidenta tem sido transparente e tido a coragem de por sua popularidade em segundo lugar para tentar ajustar a economia”, revelou.
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