Centenário de Tadeusz Kantor é celebrado com exposição no Sesc Consolação

A exposição Máquina Tadeusz Kantor, que comemora o centenário do artista polonês com apresentações de teatro, happenings, performances, pintura e outros modos de produção, acontece entre os dias 19 de agosto e 14 de novembro no Sesc Consolação, em São Paulo. É a maior apresentação do acervo de Tadeusz Kantor no exterior.

Com um espaço de quase dois mil metros quadrados, a mostra contará com 130 objetos, além de vídeos e cartazes, e ocupará a área de convivência e uma construção de dois níveis no Ginásio Vermelho, no segundo andar do Sesc.

O objetivo é apresentar o trabalho de Kantor de modo a instigar a reflexão do espectador, seja sobre estética, seja sobre história – afinal, é daí que Kantor parte, principalmente daquela “realidade do nível mais baixo”, uma realidade cotidiana, uma realidade menor.

A curadoria é do polonês Jarosław Suchan, historiador da arte e diretor do Muzeum Sztuki em Łódź, e dos brasileiros Ricardo Muniz Fernandes e Sebastião Milaré.

Para o curador Ricardo Muniz Fernandes, a exposição não é uma retrospetiva, mas um mecanismo em funcionamento. “Ela está ligada com a reinvenção do que é vivo e vivido por Kantor e sua época. É constituída por várias máquinas interligadas com os espectadores, num fluxo interligado e contínuo”.

A maioria das obras são da coleção da Cricoteka, em Cracóvia, do Muzeum Sztuki de Łódź, dos Museus Nacionais de Cracóvia, Varsóvia, Poznań e Wrocław, dos Museus Regionais de Koszalin e Tarnów e de coleções privadas.

Sobre o artista
O polonês Tadeusz Kantor (1915-1990) é um artista multimidiático que atuou nas áreas da pintura, desenho, escultura, objeto, assemblage, cenografia, encenação, happening e performance. Através delas, ele manifesta sua visão de mundo, permeada pelo espanto dos duros tempos que viveu na Polônia até a segunda metade do século vinte. A começar pelos mortos da Primeira Guerra, depois pela ocupação nazista e o holocausto, e o regime comunista. Suas obras partem de memórias pessoais — num mergulho cada vez mais profundo — e de evocações de fatos do cotidiano para amplificar e recriar a realidade.

Kantor recebeu muitas influências do ambiente artístico europeu, como Gordon Craig e Marcel Duchamp, que levou Kantor a ver o objeto comum como “registro do mundo”, guardião da memória e anunciador da morte.

Serviço – Máquina Tadeusz Kantor
de 19 de agosto a 14 de novembro
Térreo e Ginásio Vermelho do Sesc Consolação – Rua Dr. Vila Nova, 245 – São Paulo/SP
Horários:
de Segunda à Sexta, das 11h30 às 21h30
Sábados e feriados, das 10h às 18h30
Entrada gratuita
(11) 3234-3000


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