Atividade industrial paulista volta a cair e deve fechar 2015 em -5,8%

Indústria paulista em recessão
Indústria paulista em recessão

A atividade da indústria em todo o Estado de São Paulo deve encerrar 2015 com uma queda de 5,8%, de acordo com o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). A projeção anterior era de retração de 5%.

A perspectiva, divulgada nesta segunda-feira (31), deve muito ao desempenho do setor em julho, 0,5% pior na comparação com junho. Se confrontado com o mesmo mês em 2014, o recuo é de 6,9% e de 4,4% no acumulado de 12 meses. De janeiro a julho deste ano, o desempenho do setor enfraqueceu 3,8% ante igual período do ano anterior.

Quatorze dos 20 setores pesquisados registraram piora em sua atividade. Destaque para a indústria de máquinas e equipamentos, que caiu 3,4% em julho versus junho. O setor de borracha e plástico recuou 1,3%. Já a indústria de papel e celulose marcou alta de 2,2% da atividade em julho versus o mês anterior.

Diretor do Depecon, Paulo Francini não vê sinal de recuperação para o setor, uma vez que os fundamentos econômicos perderam força. “O panorama da indústria é muito triste. Não estamos falando mais de uma pequena redução. São indústrias, empresas e setores que vão inviabilizando-se na sua continuidade.”

Na avaliação de Francini, o país vive a mais longa recessão desde a década de 1980. O Depecon subiu de 1,7% para 2,2% sua previsão de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. “Existe um grupo que estuda o tema e que chegou à conclusão que a economia está em recessão desde o segundo trimestre de 2014”, diz. “[A crise] é longa e vai prosseguir até o final de 2015. Essa é a mais longa recessão que tivemos desde a década de 1980”, conclui.


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