Os rumos liberalizantes na economia tomados pelo governo Dilma Rousseff após as eleições interromperam o desenvolvimento do Brasil e já promovem a regressão das conquistas sociais alcançadas a duras penas nos 12 anos anteriores. Essa conclusão foi o ponto de partida para que sociólogos e economistas de todo o Brasil se reunissem para a produção de um documento que promete trazer um diagnóstico fiel do atual momento econômico e oferecer alternativas para o País voltar a crescer.
Batizado de “Por um Brasil mais justo e democrático”, o documento foi produzido com a colaboração de mais de cem especialistas que debateram o assunto em seis reuniões que passaram por Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O calhamaço foi divido em dois volumes: Mudar para sair da crise – Alternativas para o Brasil voltar a Crescer (Vol.I); e O Brasil que queremos – subsídios para um projeto de desenvolvimento nacional (Vol. II).
Os volumes foram elaborados a partir de dezenas de artigos sobre os diversos temas que giram em torno do atual momento econômico e social que vive o Brasil pós-eleição. Assinam o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas Para o Desenvolvimento, Le Monde Diplomatique Brasil, Fórum 21, Brasil Debate, Fundação Perseu Abramo, Plataforma Política Social e Rede Desenvolvimentista.
Economista da Unicamp e membro do grupo, Eduardo Fagnani critica a atual “hegemonia do pensamento liberal”, que defende os interesses do sistema financeiro com a “maciça” ajuda dos meios de comunicação. “Por outro lado, temos uma inanição na comunicação do governo, que não se contrapõe nem estimula o debate”, diz.
Para o economista, o famoso “tripé econômico” só se ocupa em preservar a riqueza e não distribuí-la. “Espero que este documento proporcione a discussão de ideias. A insistência na opção atual acentuará a recessão e o desemprego”, avalia. “Vamos provocar o debate sobre o Brasil que queremos.”
Serviço:
O lançamento de “Por um Brasil justo e democrático” está marcado para a próxima segunda-feira (28), às 15h, no Hotel Braston São Paulo. Rua Martins Fontes, 330 – Centro.
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