Brasil lamenta tragédia em Meca que deixou 717 mortos

Socorrista tenta salvar vida de peregrino vítima de tumulto na Arábia Saudita. Foto: KSA/Fotos Públicas (24/09/2015)
Socorrista tenta salvar vida de peregrino vítima de tumulto na Arábia Saudita. Foto: KSA/Fotos Públicas (24/09/2015)

O Brasil lamentou o incidente em Mina, perto de Meca, que deixou pelo 717 pessoas mortas e 863 feridas nesta quinta-feira (24) após um tumulto, durante um dos rituais da peregrinação anual dos muçulmanos. É a pior tragédia ocorrida nesta peregrinação nos últimos 25 anos.

“O governo brasileiro expressa seu profundo pesar pela tragédia que, no dia de hoje, vitimou centenas de fiéis durante as celebrações do Hajj, em Meca, e apresenta suas sentidas condolências aos familiares das vítimas, ao governo e ao povo sauditas, e se solidariza com a grande comunidade islâmica em todo o mundo”, informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.

Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Riade não tem registro até o momento de vítimas brasileiras.

O ministro da Saúde saudita,  Khaled Al Faleh, atribuiu o tumulto, que causou mais de 700 mortos, à falta de disciplina dos peregrinos, que têm tendência, segundo ele, a ignorar as instruções dos responsáveis pela peregrinação.

“Se os peregrinos tivessem seguido as indicações, teríamos podido evitar este gênero de acidente”, declarou Khaled Al Faleh à televisão pública El-Ekhbariya, depois de ter ido ao local da tragédia, a pior nos últimos 25 anos.

“Numerosos peregrinos movimentam-se sem respeitar os horários determinados pelos responsáveis da gestão dos ritos”, disse o ministro, acrescentando ser essa “a razão principal deste tipo de incidente”.

O Irã, que perdeu 43 cidadãos no tumulto, atribuiu a tragédia a falhas no dispositivo de segurança saudita.

O ritual do Hajj está entre os cinco pilares do islamismo, e todos os muçulmanos deverão fazer a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.


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