Banco Central promete sacrificar reservas internacionais para conter o dólar

Dólar abriu o dia em queda: R$ 3,89 - Foto: EBC
Dólar abriu o dia em queda: R$ 3,89 – Foto: EBC

Após altas seguidas do dólar ao longo das últimas semanas, a moeda americana finalmente opera em baixa nesta sexta-feira (25), a R$ 3,89. A razão? O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, não descartou a possibilidade de vender dólares das reservas internacionais para conter a disparada do dólar frente ao real, que ontem chegou a R$ 4,248, mas fechou cotada a R$ 3,99.

A venda de dólares das reservas, hoje em US$ 370 bilhões (R$ 1,4 trilhão), não é feita desde fevereiro de 2009. “Todos os instrumentos estão no raio de ação do Banco Central caso seja necessário”, disse Tombini, que participou, pela primeira vez, do início da coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação.

Ontem, a autoridade monetária renovou integralmente 9,4 mil contratos de swap cambial (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro) que venceriam em outubro e leiloou 20 mil (US$ 1 bilhão) novos contratos com vencimento em 1º de setembro de 2016.

Para hoje, o BC faz mais um leilão de swap, também de US$ 1 bilhão, além de renovação de contratos. O Banco também atua hoje com um leilão de venda de até US$ 1 bilhão das reservas, com compromisso de recompra em janeiro de 2016.

As reservas internacionais funcionam como um instrumento de segurança para o País em caso de crise no mercado de câmbio. Normalmente, o BC evita vender diretamente recursos das reservas para não comprometer esse mecanismo de proteção, preferindo operações no mercado futuro, como os swaps cambiais, que transferem a demanda pela moeda norte-americana do presente para o futuro. Em caso de turbulência severa, no entanto, a autoridade monetária pode lançar mão das reservas cambiais.

*Agência Brasil


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