Papa Francisco reza missa para 80 mil pessoas em Nova York

Mais de 80 mil pessoas recepcionaram o papa Francisco na noite desta sexta-feira (25), no Central Park, em Nova York, perto de onde o líder da Igreja Católica celebra uma missa. De acordo com a imprensa norte-americana, esta é a acolhida mais calorosa que Francisco teve desde o início de sua viagem aos Estados Unidos, na última terça-feira (22).

O cortejo papal atravessou o Central Park de norte a sul, com um forte esquema de segurança. Ele chegou ao local a bordo do Fiat 500 que tem usado para se locomover pelos EUA, mas depois saiu em público com o papamóvel. Em seguida, Francisco se dirigiu ao Madison Square Garden para celebrar uma missa para 20 mil pessoas. A fila para entrar no complexo esportivo era de duas horas. O religioso passou pelo Central Park após visitar uma escola no bairro do Harlem, onde tirou fotos e brincou com os estudantes.

Mais cedo, o papa foi recebido no Marco Zero de Nova York, local do atentado de 11 de setembro de 2001, por representantes de diversas religiões, ocasião em que rezou pelas vítimas do ataque que deixou cerca de 3 mil mortos e lamentou o episódio de violência. “Deus, te pedimos que as vidas que foram perdidas aqui não tenham sido perdidas em vão”, disse o Pontífice, em oração. “Que a paz e o amor reine nos corações de todos nós”.

Em mensagem, o religioso falou da tristeza da impotência diante do episódio de violência. “Milhares de vidas foram arrancadas em ato insensato de destruição”, acrescentou. 
“Sinto muitas coisas ao entrar no Marco Zero, lugar de um ato sem sentido”, disse. “Aqui a dor é palpável”. Segundo ele, no entanto, as famílias das vítimas mostraram o poder do amor. “Eu espero que nossa presença envie um sinal poderoso” do desejo de reconciliação.

“Esse lugar se transforma em um local de amor, de vidas salvas, um canto afirmando que a vida é destinada a triunfar sobre os profetas de destruição, que a boa vontade sempre irá vencer o mal, que a reconciliação e a união irão vencer o ódio e a separação”.


Antes de iniciar a cerimônia, Francisco falou com um grupo de familiares de vítimas e socorristas e, ao chegar junto a um dos espelhos de água que formam o monumento, depositou flores e fez uma prece silenciosa. 
Representantes de outras religiões, entre eles um rabino, um imã e líderes hindu, budista e sikh, também discursaram, reiterando o pedido de paz.


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